A articulação acromioclavicular é uma pequena junta formada pela parte lateral da clavícula e por uma parte da escápula chamada acrômio. Em algumas pessoas podemos observar esta articulação um pouco mais proeminente quando prestamos atenção ao contorno da escápula desde a parte superior das costas, palpando a proeminência óssea até a parte superior do ombro no limite da “saboneteira anatômica”.
É uma articulação com pouca movimentação e que sofre maior estresse em movimentos com os braços altos como em esforços com cotovelos elevados ou com esportes de arremesso, natação, etc.
Dentro desta articulação existe um tipo de cartilagem semelhante ao menisco do joelho que também é responsável por amortecimento mecânico e que se desgasta e chega a desaparecer completamente com a idade em algumas pessoas.
Os ligamentos acromioclaviculares são responsáveis por manter a estabilidade da articulação e podem ser lesionados em traumas sobre o ombro, resultando em deformidade, dor e déficit funcional.
Artrose ou osteoartrite é um processo inflamatório e degenerativo que causa a diminuição do estoque de cartilagem, piora da qualidade do líquido sinovial (o lubrificante da articulação), faz proliferação de osteófitos (bicos de papagaio ou espículas ósseas), inflamação sinovial (revestimento da articulação), etc. Este processo resulta em dor, deformidade, rigidez e déficit funcional da articulação (veja os sintomas mais a frente).
No caso da acromioclavicular, é comum ter evidências radiológicas (radiografia, ressonância magnética ou tomografia) de artrose avançada sem uma relação com os sintomas (discrepância clínica – radiológica).
Este desgaste é mais frequente em pessoas com mais de 40 anos e que tiveram algum tipo de atividade com carga nos ombros como esportes de arremesso, natação, trabalho braçal ou sequelas de fraturas ou traumas nos ombros.
A dor desta patologia se localiza diretamente sobre a articulação quando se faz pressão sobre ela. Muitas pessoas queixam dor intensa quando se deitam sobre o ombro afetado e quando tentam levantar peso.
Em alguns casos, existe uma deformidade visível e é possível ver um aumento de volume da articulação que se apresenta dolorosa quando a apertamos.
A artrose acromioclavicular deve ser diagnosticada pela combinação de achados clínicos (testes específicos de exame físico) com achados radiológicos.
Isto significa que a imagem na ressonância magnética ou no Raio-X não fecha o diagnóstico de que a dor no ombro se deve a esta patologia.
Este fenômeno é o que chamamos de discrepância clínico-radiológica e ocorre em muitas patologias em que temos uma alteração morfológica de uma parte do corpo, como a artrose acrômio-clavicular, que não causa sintomas.
As radiografias e a ressonância magnética mostram diminuição do espaço entre o acrômio e a parte lateral d a clavícula, com degeneração da cartilagem entre estes dois ossos e deformação com osteófitos (como bicos de papagaio).
Durante as crises de dor acromioclavicular podemos diminuir as dores com repouso da articulação e sintomáticos como compressas com gelo e anti-inflamatórios. O repouso articular consiste em evitar atividades com carga ou movimentos repetitivos acima da linha dos ombros e não realizar pressão sobre os ombros dormindo sobre o lado afetado.
Também é possível fazer aplicação de medicações diretamente na articulação através de infiltrações de corticoides que podem ter um efeito mais prolongado e potente.
Outras modalidades de tratamento não cirúrgico incluem acupuntura, fisioterapia, medicações via oral com modulação da dor, etc.
Raramente se faz a cirurgia para o tratamento da artrose acromioclavicular isoladamente. Isto porque é muito frequente que esta patologia esteja acompanhada de outras como lesões do manguito rotador.
Desta maneira, abordamos conjuntamente as duas patologias por via artroscópica ou aberta.
Após a excisão da articulação, costuma-se obter excelente resultado analgésico e não é esperado qualquer tipo de instabilidade da clavícula com repercussão clínica. Ou seja, não existe prejuízo ao funcionamento normal do ombro.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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