Crossfit

Crossfit e Desenvolvimento Corporal

O Crossfit ficou tão popular pelos resultados surpreendentes que ele alcança em um período relativamente curto de tempo, além de ser uma prática esportiva dinâmica e mais agradável para aqueles que não gostam tanto de musculação, corrida ou natação.

Essa prática consiste em um conjunto de movimentos com carga e algumas vezes sem carga além do peso o próprio corpo, levando o praticante a fazer algumas repetições num período de tempo estabelecido seguido de descansos e novas repetições, como circuitos de exercícios.

A grande vantagem do estilo de treino do tipo HIIT como o Crossfit é a resposta metabólica que ela alcança. Essa resposta acontece devido ao aumento da testosterona, além de síntese muscular aumentada por outros hormônios relacionados ao anabolismo.

O Crossfit também ajuda na melhora da capacidade cardiovascular, ou seja, dá fôlego para as atividades do dia a dia e ajuda nas doenças do pulmão e do coração, assim como outras atividades aeróbicas.

Portanto, as atividades de HIIT como Crossfit juntam o melhor do exercício resistido proporcionando ganho de massa muscular, manutenção de emagrecimento e melhora postural, como acontece na musculação, com o melhor do treino aeróbico com ganho cardiovascular e emagrecimento rápido, como na corrida ou natação.

Os atletas do Crossfit estão mais suscetíveis às lesões articulares devido às repetições em velocidades altas e com cargas elevadas, em alguns casos.

Alguns estudos mostram que até 12% dos atletas envolvidos com competições de Crossfit necessitarão de algum tipo de cirurgia ao longo de 1 ano de prática, massa é claro que depende muito de como é praticado o esporte.

Para treino do Crossfit recreativo ou mesmo competitivo de baixo desempenho (de maneira responsável), as lesões são menos frequentes e menos graves do que em outros esportes, como futebol, por exemplo, dados já comprovados por diversos estudos.

Os ombros e cotovelos são muito suscetíveis a lesões por excesso de uso nesta modalidade esportiva e chamamos essas lesões de OVERTRAINING, quando o atleta exige muito da articulação e dos tendões com um período insuficiente de repouso e o corpo não tem tempo adequado para se recuperar, o que causa inflamação crescente no tecido sem a adaptação celular e metabólica necessária, causando lesões.

Assim como para outras práticas esportivas, vale a pena entender que nosso corpo leva um período longo para se recuperar após um treino físico extenuante. Ou seja, após um dia mais puxado no BOX é necessário esperar aproximadamente 2 dias até o um novo treino pesado. Habitualmente treinadores mais experientes intervalam o treino de força com um treino mais aeróbico, além de rodiziarem o grupo muscular trabalhado ao longo da semana de treino, propiciando mais proteção, menos lesões e um desenvolvimento mais adequado e contínuo do desempenho esportivo.

Também vale lembrar que depois de treinos fortes, os músculos e as articulações costumam doer um pouco e, se a prática tem sido intensa, vale a pena fazer compressas de gelo por 20 a 30 minutos no final dos treinos, seja nos ombros, nos cotovelos, nos joelhos ou tornozelos, diminuindo a inflamação exagerada que pode acontecer depois deste treino.

Esta prática é mantida por muitos atletas de alto desempenho e costuma ter bons resultados em médio e longo prazo para diminuir lesões e aumentar o desempenho musculoesquelético e a própria tolerância ao exercício físico.