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A epicondilite tem cura?

13 de abril de 2021
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Uma dúvida comum dos pacientes é se a epicondilite tem cura – Resposta: SIM, tem cura!

Neste artigo vamos falar um pouco mais sobre esta patologia e as formas de tratamento que ajudam a alcançar a cura da patologia.


O cotovelo é uma articulação do nosso corpo extremamente importante para o movimento dos membros superiores.


Possui interações complexas com o antebraço, o punho e até a mão e, dessa maneira, uma lesão em suas estruturas pode trazer grande desconforto ao paciente.


O que ocorre é que, seja nas atividades do nosso dia a dia ou na prática de esportes, podemos realizar movimentos errados ou sobrecarregar as estruturas desta articulação. 


A epicondilite é a degeneração angiofibroblástica da inserção do tendão no osso associada a um processo inflamatório local. Ou seja, é uma doença na qual, além da inflamação, há uma falha na cicatrização do tendão devido à formação de um tecido defeituoso que atrapalha a regeneração das estruturas doentes – uma cicatriz errada se forma no local e atrapalha a formação da cicatriz certa (novo tendão) – isto é a degeneração angiofibroblástica – um erro de cicatrização e não um desgaste.


Pode ocorrer tanto na lateral externa do braço (epicondilite lateral – cotovelo do tenista – mais frequente), quanto na parte interna (epicondilite medial – cotovelo do golfista).


Apesar da epicondilite muitas vezes ser associada ao esporte, pode acometer qualquer pessoa que realize esforço de levantar pesos ou movimentos repetitivos.


Quais os sintomas da epicondilite?

Os sintomas da epicondilite irão variar conforme sua localização.


Assim, na epicondilite lateral o paciente sentirá dor na região do epicôndilo lateral (osso na lateral do cotovelo) que piora com movimentos de extensão do punho e dos dedos e ao agarrar objetos.


Já na epicondilite medial a dor ocorre na parte interna do cotovelo que pode irradiar para o antebraço até os dedos das mãos e dificuldade para puxar e para agarrar.


Em ambos os casos, o paciente pode experimentar a perda de força e/ou dor para fazer atividades relacionadas ao agarre, como segurar uma garrafa cheia ou torcer um pano.


Além disso, poderá sentir rigidez no cotovelo e dificuldade para esticá-lo por completo.


A epicondilite tem cura? Como será o tratamento?

A primeira informação importante é que a epicondilite tem cura!


Para isso, o tratamento deve ter como objetivo principal a regeneração do tecido lesionado proporcionando, assim, o alívio da dor e demais sintomas nos cotovelos.


É importante focar num tratamento resolutivo e não somente em medidas que visam tirar a dor por um curto período.


Para tal, podemos lançar mão de algumas estratégias, por exemplo:


Repouso

Fazer repousos para não forçar a região acometida por um período pode ser uma boa estratégia para permitir a recuperação local.


Compressas

As compressas geladas costumam apresentar bons resultados para alívio de sintomas. Além disso, podemos intercalá-las com a realização de compressas quentes.


Infiltração

Para casos de dor intensa e em pacientes de baixa demanda, podemos indicar a infiltração para alívio da dor principalmente. Nestes casos, a reabilitação motora é muito importante.


Devemos lembrar que a infiltração do cotovelo com medicação anti-inflamatória (corticóides) pode auxiliar a diminuir a dor, mas não promove a regeneração nos tendões e terá efeito limitado a alguns meses caso a reabilitação não seja feita de maneira correta.


Dessa forma, devemos ter cautela ao indicá-la.


Ácido hialurônico


É uma ótima opção, a aplicação de ácido hialurônico tem a função de auxiliar na regeneração de tecidos à base de colágeno, como os tendões do cotovelo na epicondilite lateral. A medicação é injetada na região da lesão e pode causar dor nos primeiros 2 dias, no entanto costuma ter bons resultados após poucas semanas. Após a aplicação da medicação, devemos associar uma reabilitação bem estruturada para conseguirmos o melhor resultado.


Imobilização

O uso de órteses, que são imobilizações removíveis, pode auxiliar no processo de recuperação.


Inclusive, podemos utilizar esta técnica em conjunto com a fisioterapia e o ácido hialurônico ou a infiltração e esta combinação pode agilizar a regeneração das lesões.


Fisioterapia

Exercícios específicos de alongamento, fortalecimento e analgesia da região irão auxiliar na recuperação e são essenciais para quem pratica esportes ou tem outros esforços com agarre, puxadas, etc.


Cirurgia

Para casos com lesão do tendão de características pouco favoráveis à cicatrização (lesões maiores, por exemplo) e para caso o tratamento não cirúrgico não traga melhora satisfatória dos sintomas após 2 a 3 meses, indicamos a cirurgia no intuito de reparar as estruturas danificadas, resolver a dor e recuperar a função.


Esta cirurgia pode ser feita por via aberta, em que realizamos um pequeno corte de aproximadamente 3 cm para acessar a região, retirar a cicatriz fibrosa que atrapalha a formação do tendão saudável e montar um reforço que reconstitui a anatomia original. Outra alternativa é a artroscopia, em que realizamos pequenos furos na pele e colocamos uma câmera para acessar a articulação e a região da epicondilite e retirar a cicatriz angiofibroblástica, reparar as estruturas necessárias e resolver demais lesões articulares (como a plica sinovial, por exemplo), caso estejam presentes.


Em resumo…

Como vimos, a epicondilite é uma patologia que ocorre com frequência e provoca dor e disfunção, afetando a qualidade de vida do indivíduo.


A epicondilite tem cura e ela pode levar até alguns poucos meses (frequentemente 2 a 3 meses), mas é necessário compreender o estilo de vida do paciente, sua condição biológica e extensão da lesão para adotar o melhor tratamento possível.


Então, é essencial fazer um diagnóstico detalhado e somente um médico especializado poderá auxiliar.


Caso esteja sentindo incômodos nesta região, não deixe de procurar um ortopedista especialista em ombro e cotovelo para cuidar do seu caso.


Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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