Essa condição pode impactar bastante o bem-estar do paciente, afetando desde atividades simples do dia a dia até a qualidade do sono.
Por geralmente se tratar de um problema multifatorial, seu tratamento requer uma abordagem cuidadosa e personalizada.
Assim, identificar a causa exata da dor, como inflamações, lesões estruturais ou até condições neurológicas, é o primeiro passo para escolher a melhor estratégia de tratamento.
Neste artigo, vamos explorar as principais causas da dor crônica no ombro e como tratá-la de forma eficiente, evitando intervenções desnecessárias e promovendo uma recuperação efetiva.
Acompanhe!
A dor crônica é aquela que persiste por um período prolongado, geralmente por mais de três meses, mesmo após a resolução do evento ou lesão inicial que a causou.
Diferentemente da dor aguda, que serve como um alerta do corpo para um problema imediato, a dor crônica pode continuar mesmo sem uma causa aparente ou após a cicatrização dos tecidos.
Isso ocorre porque o sistema nervoso pode sofrer alterações, tornando-se mais sensível e amplificando os sinais de dor.
Essa condição pode estar associada a diversas doenças e afeta tanto o aspecto físico quanto o emocional da pessoa, prejudicando sua qualidade de vida e podendo levar a quadros de ansiedade, depressão e dificuldades para realizar atividades cotidianas.
A dor no ombro pode ser causada por diversas condições, entre elas:
A artrose no ombro é uma condição degenerativa que afeta a articulação glenoumeral, caracterizada pelo desgaste progressivo da cartilagem que reveste as extremidades dos ossos.
A dor crônica ocorre devido ao processo contínuo de deterioração e à inflamação persistente, que sensibilizam as estruturas ao redor, como tendões, ligamentos e músculos.
Além disso, a formação de osteófitos (pequenos "esporões" ósseos) pode agravar o desconforto, limitando os movimentos e dificultando atividades cotidianas, impactando diretamente a qualidade de vida do paciente.
Dor do manguito rotador
O Manguito Rotador é um grupo de músculos e tendões que auxiliam nos movimentos do ombro.
Problemas nessa região podem causar dor irradiada para o braço e dificuldade de movimentação.
Quando ocorre uma lesão ou inflamação, como tendinite, bursite ou rotura de um dos tendões, a articulação perde sua funcionalidade ideal, gerando dor constante e limitações de movimento.
Além disso, a falta de tratamento adequado pode levar a uma sobrecarga em outras estruturas do ombro, agravando o quadro e perpetuando o ciclo de dor, inflamação e perda de mobilidade.
Esse processo crônico pode impactar significativamente a qualidade de vida, dificultando atividades simples do dia a dia.
Caracterizada pela formação de cálcio nos tendões do manguito rotador, geralmente no tendão supraespinhal.
Esses depósitos geram inflamação intensa na região, resultando em dor persistente e dificuldade para realizar movimentos do ombro.
A dor pode ser agravada pelo atrito do depósito de cálcio com as estruturas adjacentes durante os movimentos, causando irritação contínua.
Em alguns casos, os depósitos podem aumentar de tamanho ou não serem reabsorvidos naturalmente pelo corpo, prolongando a inflamação e dificultando a recuperação.
Além disso, a sensibilidade das fibras nervosas ao redor do tendão inflamado pode perpetuar o quadro doloroso, transformando a dor em uma condição crônica que interfere na mobilidade, no sono e nas atividades diárias do paciente.
Causa dor difusa e sensação de peso na região da escápula e pescoço, associada a pontos gatilhos.
Esses pontos-gatilho geram dor local e referida, ou seja, podem irradiar para outras regiões, como braço e pescoço, criando um ciclo de tensão muscular e dor persistente.
A sobrecarga, posturas inadequadas e movimentos repetitivos do ombro são fatores que perpetuam a disfunção muscular, dificultando o relaxamento completo dos músculos e mantendo a dor ativa por longos períodos.
Além disso, a síndrome miofascial pode levar à limitação de movimentos, fraqueza muscular e interferência na circulação local, agravando o quadro e transformando a dor em uma condição crônica que compromete a qualidade de vida do paciente.
A capsulite adesiva, também conhecida como "ombro congelado", pode causar dor crônica porque envolve uma inflamação e espessamento da cápsula articular do ombro, que fica rígida e limita significativamente os movimentos.
Essa condição é caracterizada por dor persistente e progressiva, frequentemente associada à rigidez articular, que dificulta atividades simples do dia a dia, como vestir-se ou levantar o braço.
A dor crônica ocorre devido à inflamação contínua e à formação de aderências na cápsula, que restringem o espaço articular e aumentam a sensibilidade das estruturas envolvidas.
Sem tratamento adequado, a capsulite adesiva pode levar meses ou até anos para resolver-se completamente, perpetuando o ciclo de dor, rigidez e perda funcional, o que impacta negativamente a qualidade de vida do paciente.
Para quem tem dor crônica no ombro, é fundamental, em primeiro lugar, entender se essa dor está associada a uma lesão presente ou não.
Muitas vezes, cirurgias são recomendadas de forma inadequada, levando pessoas a operarem um ombro que não tem uma lesão que justificaria a intervenção, devido a uma dor crônica mal tratada.
Se a dor já dura meses, o ideal é iniciar pelo tratamento da dor crônica propriamente dita e, posteriormente, tratar as lesões, caso existam.
Existem abordagens eficazes para o tratamento da dor crônica, a saber:
Medicamento via oral
Os medicamentos orais, como analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares, são frequentemente usados para aliviar a dor e reduzir a inflamação.
Em casos de dor crônica, podem ser incluídos fármacos específicos que ajudam a modular a percepção da dor, como antidepressivos e anticonvulsivantes, que agem no sistema nervoso central.
Infiltração
As infiltrações consistem na aplicação de medicamentos diretamente na articulação ou tecidos ao redor do ombro, como corticosteroides ou ácido hialurônico.
Essa técnica oferece alívio rápido e eficaz da dor, especialmente em casos de inflamação intensa, como capsulite adesiva ou tendinite.
No entanto, é um método que deve ser usado com cautela e sob orientação médica, devido aos possíveis efeitos colaterais.
Bloqueio de nervo
O bloqueio de nervo é uma técnica mais avançada, indicada para dores crônicas intensas que não respondem a outros tratamentos.
Nesse procedimento, um anestésico é aplicado para interromper temporariamente os sinais de dor enviados ao cérebro.
Além de reduzir a dor, o bloqueio de nervos pode ser útil para diagnosticar a origem do desconforto e melhorar a funcionalidade do ombro.
Reabilitação
A fisioterapia é essencial no tratamento da dor crônica no ombro.
O fortalecimento muscular, associado a técnicas de alongamento e mobilização articular, ajuda a recuperar os movimentos e a prevenir novas lesões.
Além disso, terapias manuais, como liberação miofascial, e o uso de recursos como ultrassom e laser podem auxiliar na redução da inflamação e da dor.
Atividade física
A prática de exercícios físicos regulares, como natação, pilates e musculação supervisionada, é importante para fortalecer os músculos que estabilizam o ombro, melhorar a circulação sanguínea e reduzir o impacto de condições crônicas.
A orientação de um profissional é fundamental para garantir que os exercícios sejam seguros e eficazes.
Temos um artigo que aborda como manter a segurança nos treinos de ombro, confira!
Qualidade do sono
A dor crônica pode interferir no sono, e um sono inadequado, por sua vez, pode intensificar a percepção da dor.
Melhorar a qualidade do sono é essencial para o alívio do desconforto.
Ajustes no ambiente de descanso, como um colchão adequado e o uso de travesseiros ortopédicos, bem como o manejo do estresse e a adoção de uma rotina de sono saudável, podem fazer diferença no tratamento.
Frequentemente, recebemos pacientes que relatam que operaram o ombro e continuam a sentir a mesma dor.
Isso é bastante preocupante, especialmente quando não havia uma lesão que justificasse a cirurgia.
Por outro lado, há situações em que existe uma lesão real que precisa ser operada.
Contudo, mesmo nesses casos, se a dor crônica não for tratada ao mesmo tempo, ela pode persistir, mesmo após a correção da lesão.
Isso ocorre porque a dor crônica já não está mais sinalizando a presença de uma lesão, mas sim funcionando de maneira independente, diferente da dor aguda, que está diretamente associada a um dano recente no corpo.
Portanto, tratar a dor crônica de forma abrangente é essencial para evitar intervenções desnecessárias e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Se você ainda tem dúvidas e se pergunta por que a dor no ombro não melhora, acesse o artigo completo em nosso site!
Como vimos, a dor crônica no ombro pode limitar movimentos, interferir na qualidade do sono e comprometer o bem-estar geral do paciente.
Assim, para tratar essa condição de forma eficaz e evitar problemas futuros, é essencial contar com o acompanhamento do especialista.
Só ele é capaz de oferecer um diagnóstico preciso e direcionar o tratamento mais adequado para cada caso.
Durante o processo de diagnóstico, fazemos uma avaliação clínica detalhada para compreender os sintomas e os movimentos que desencadeiam a dor.
Além disso, poderemos solicitar exames de imagem, como radiografias, ultrassonografias ou ressonâncias magnéticas, que ajudam a visualizar possíveis lesões e inflamações.
Com base no diagnóstico, planejaremos o tratamento de forma personalizada, podendo incluir terapias conservadoras, e, quando for indispensável, intervenção cirúrgica.
Essa abordagem cuidadosa evita complicações e promove uma recuperação mais rápida e eficaz.
Então, não permita mais que a dor limite sua vida.
Conte com nossa equipe especializada para identificar a causa do problema e oferecer o melhor tratamento para o seu caso.
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Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.