A epicondilite lateral, conhecida como "cotovelo de tenista", é uma condição que causa dor na parte externa do cotovelo devido a um processo degenerativo nos tendões extensores do punho e dos dedos.
Geralmente, é resultado de movimentos repetitivos ou esforço excessivo, podendo surgir em atividades como jardinagem, pintura ou em esportes com raquete.
Em alguns casos, o problema pode se manifestar após um impacto direto no cotovelo.
Diante da dor persistente e da dificuldade em realizar atividades cotidianas, muitos pacientes buscam alternativas para alívio dos sintomas.
Assim, entre os tratamentos disponíveis, a infiltração com corticoide é uma opção amplamente utilizada.
Porém, antes de aderirmos a um tratamento, temos que refletir sobre sua real eficácia dentro de um determinado quadro.
Neste artigo, vamos explorar os benefícios, riscos e indicações desse procedimento no tratamento da epicondilite lateral.
A epicondilite é uma condição caracterizada pela degeneração dos tendões na sua inserção no osso, acompanhada por um processo inflamatório local.
Além da inflamação, a doença compromete a cicatrização do tendão, pois ocorre a formação de um tecido anormal que impede a regeneração adequada da estrutura lesionada.
Em outras palavras, uma fibrose (cicatrização inadequada) se desenvolve na região, dificultando a formação de um novo tecido saudável.
Entre os principais sintomas da epicondilite lateral destacamos:
Se não houver repouso adequado, a sobrecarga contínua impede a regeneração do tecido, favorecendo o surgimento de pequenas fissuras (fase inicial).
E, com o passar do tempo, essas lesões podem se tornar mais extensas e graves.
O tratamento da epicondilite lateral exige uma abordagem cuidadosa.
Em alguns casos, pacientes realizam múltiplas infiltrações no cotovelo, muitas vezes com corticoide injetável.
Entretanto, esse tipo de tratamento pode não ser a melhor escolha.
O primeiro passo é avaliar em que estágio a condição se encontra.
A lesão é estrutural, com rompimento do tendão, ou trata-se apenas de inflamação?
Além disso, o perfil do paciente deve ser considerado: trata-se de uma pessoa de baixa demanda, que realiza poucas atividades físicas intensas, ou alguém de alta demanda, que carrega peso, pratica esportes, digita ou usa o mouse com frequência?
Para indivíduos de alta demanda, a infiltração com corticoide pode proporcionar um alívio temporário da dor por algumas semanas.
Porém, o microambiente metabólico da região afetada pode ser prejudicado, reduzindo a capacidade de cicatrização do tendão.
Como resultado, a dor pode diminuir momentaneamente, mas a lesão pode se agravar ao longo do tempo.
Há casos em que, devido ao uso inadequado e repetitivo desse tipo de tratamento, uma lesão inicialmente pequena pode evoluir para um quadro mais grave, exigindo até mesmo cirurgia, algo raro na epicondilite lateral.
Isto reforça a importância de um diagnóstico preciso e da escolha do tratamento mais adequado para cada situação.
Então, ressaltamos que o paciente não deve fazer infiltrações repetidas no cotovelo, principalmente se não envolver algum método biológico para isso.
Quer saber um pouco mais sobre a infiltração no cotovelo para epicondilite lateral? Acesse esse artigo em nosso site!
Além da infiltração com corticoide, quais tratamentos estão disponíveis para tratar a epicondilite lateral?
Primeiramente, precisamos entender nosso objetivo com o tratamento a ser feito.
Quando se trata de pessoas com alta demanda, como atletas ou pessoas muito ativas profissionalmente, a melhor opção envolve tratamento que promovam a cicatrização da lesão e não apenas uma melhora temporária das dores.
Nestes casos, as melhores opções costumam ser através da medicina regenerativa como técnicas envolvendo o plasma rico em plaquetas (PRP) ou as células tronco que são retiradas do próprio paciente e colocadas no local da lesão para que possa se formar um novo tecido saudável e funcional.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre Células-tronco e medicina regenerativa, acesse para conhecer melhor!
Claro que outros fatores também são importantes.
A qualidade do sono e a posição do braço durante o descanso desempenham um papel fundamental na recuperação da epicondilite lateral.
Dormir bem permite que os tecidos se regenerem, enquanto manter o braço em uma posição adequada – evitando pressão excessiva sobre o cotovelo – pode reduzir o desconforto e prevenir a piora do quadro.
Para entender a relação entre epicondilite lateral e o jeito de dormir, acesse esse artigo em nosso blog!
Além desses cuidados, podemos envolver diferentes abordagens no tratamento, dependendo das necessidades de cada paciente.
Entre as opções não cirúrgicas que mais utilizamos estão:
Quando bem estruturado, o tratamento conservador apresenta excelentes resultados na maioria dos casos.
Por fim, se não houver melhora significativa, a cirurgia para epicondilite lateral pode ser necessária, com uma taxa de sucesso superior a 90%.
Como vimos, a epicondilite lateral, também conhecida como "cotovelo de tenista", é uma condição que pode causar dor intensa e limitar atividades simples do dia a dia.
Movimentos repetitivos, esforço excessivo ou até mesmo um impacto direto no cotovelo podem levar a pequenas lesões nos tendões, resultando em um quadro doloroso e persistente.
Se não tratada corretamente, o paciente pode experimentar a epicondilite lateral crônica, tendo assim dificuldade para executar tarefas como segurar objetos ou estender completamente o braço.
Por isso, contar com o especialista em cotovelo é essencial.
Somente um profissional qualificado pode realizar um diagnóstico preciso e indicar o melhor tratamento para o seu caso, seja por meio de abordagens conservadoras ou por procedimentos mais avançados.
Além disso, um acompanhamento adequado ajuda a evitar complicações e reduz o risco de uma evolução que demande intervenção cirúrgica.
Então, se você sente dores recorrentes no cotovelo, não ignore os sintomas.
Agende uma consulta e inicie o tratamento mais adequado o quanto antes para recuperar sua qualidade de vida, evitando perder tempo com abordagens que podem não ser eficazes para o seu caso.
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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