A instabilidade do ombro é uma condição que exige cuidado e atenção para evitar agravamentos e garantir uma boa recuperação a longo prazo.
Entretanto, muitos pacientes, por desconhecimento ou tentativa de aliviar os sintomas, acabam adotando práticas que podem piorar o quadro.
Assim, saber o que não fazer é tão importante quanto seguir o tratamento adequado.
Neste artigo, vamos abordar as ações e comportamentos que devem ser evitados para proteger sua articulação e promover uma reabilitação segura.
Leia para entender melhor!
A instabilidade no ombro pode ser causada por diversos fatores e está relacionada à incapacidade da articulação de se manter estável durante os movimentos.
Essa condição é comum em quem já teve o ombro deslocado, sofreu uma subluxação do ombro (quando o ombro sai parcialmente do lugar) ou sente que o ombro se movimenta mais do que deveria.
Inicialmente, precisamos entender que a estabilidade do ombro depende de estruturas anatômicas como os músculos e tendões do manguito rotador, os ligamentos e o labrum glenoidal.
O ombro é formado pela cabeça do úmero, uma estrutura convexa que se articula com a glenoide, uma parte da escápula com formato côncavo.
O labrum, uma cartilagem ao redor da glenoide, é responsável por aumentar a estabilidade e flexibilidade da articulação.
Quando ocorre uma subluxação, o úmero se desloca parcialmente da glenoide sem que haja uma separação completa entre essas estruturas.
Esse tipo de deslocamento pode deixar o ombro dolorido, instável e com sensação de fraqueza muscular, causando desconforto e insegurança ao realizar movimentos.
Atletas que praticam esportes com movimentos amplos e repetitivos do braço, como arremesso ou natação, e pessoas cujas atividades sobrecarregam a articulação estão mais suscetíveis a desenvolver instabilidade no ombro.
No entanto, a principal causa é traumática (acidentes).
Além disso, fatores como frouxidão ligamentar ou lesões prévias, como luxações e fraturas, também aumentam o risco dessa condição.
Lembramos que casos recorrentes de instabilidade podem levar a um desgaste progressivo das cartilagens da cabeça do úmero e da glenoide.
Isso acelera o processo de degeneração articular e compromete ainda mais a funcionalidade do ombro.
No nosso blog, explicamos em detalhes se a instabilidade pode piorar, acesse e entenda melhor!
Se você tem instabilidade no ombro, além de buscar o tratamento adequado, é fundamental evitar certas práticas de alongamento que podem piorar seus resultados.
Um erro frequente dos pacientes que possuem instabilidade é realizar alongamentos que podem agravar o quadro.
Por exemplo, movimentos como levar o cotovelo atrás da cabeça e puxar a mão para baixo, ou cruzar as mãos atrás do corpo e tentar esticar os braços, são prejudiciais.
Esses exercícios podem piorar a instabilidade anterior do ombro.
O motivo é que o ombro é estabilizado por várias estruturas, incluindo os ligamentos glenoumerais, que ajudam a manter sua posição.
Quando você faz alongamentos que aumentam o comprimento e a elasticidade desses ligamentos, a instabilidade glenoumeral e a luxação podem se agravar.
Muitas pessoas recorrem a esses alongamentos para aliviar a dor no ombro, mas, se a causa da dor for uma instabilidade, ou seja, o ombro não está tão firme quanto deveria, esses exercícios só vão piorar a situação.
Outro exemplo de alongamento potencialmente prejudicial é usar um bastão para aumentar a rotação externa do ombro.
Esse exercício só deve ser indicado em situações muito específicas, como após uma cirurgia (se for recomendado pelo médico ou fisioterapeuta) ou quando há uma contratura da cápsula articular.
Portanto, reforçamos que alongamento do ombro para quem tem instabilidade pode ser prejudicial.
Primeiramente, precisamos entender a patologia específica e o que está acontecendo na articulação antes de recomendar alongamentos de forma indiscriminada.
Sem um diagnóstico adequado, esses movimentos podem causar mais danos do que benefícios.
A abordagem para tratar a instabilidade no ombro deve ser personalizada, considerando as condições individuais do paciente, o grau de dor e as demandas físicas relacionadas às atividades realizadas no dia a dia.
O objetivo principal é restabelecer a funcionalidade do ombro enquanto prevenimos danos futuros.
Na maioria dos casos, inicialmente indicamos um tratamento conservador, focando na estabilização da articulação por meio de estratégias como fortalecimento muscular direcionado, consciência corporal e ajustes na biomecânica dos movimentos realizados.
Esse processo geralmente envolve fisioterapia específica para melhorar a estabilidade articular e reduzir os sintomas de desconforto e insegurança.
Porém, em situações em que o tratamento conservador não é suficiente, a cirurgia pode ser necessária para corrigir a instabilidade e evitar maiores danos à articulação.
Normalmente, escolhemos a artroscopia do ombro como técnica cirúrgica para identificar e corrigir lesões.
Podemos até mesmo reconstruir ligamentos comprometidos, garantindo um resultado mais duradouro.
Uma das principais vantagens da artroscopia é a recuperação mais rápida e com menos dor em comparação a procedimentos cirúrgicos tradicionais.
Muitos pacientes conseguem retornar às suas atividades normais dentro de algumas semanas após a intervenção.
Quer saber se a artroscopia precisa de internação? Acesse esse artigo em nosso blog e descubra!
Então, se você está enfrentando instabilidade no ombro, procure a avaliação do ortopedista especializado.
Na nossa clínica, contamos com profissionais experientes e preparados para oferecer o tratamento mais adequado para cada caso.
Agende uma consulta conosco e recupere a saúde do seu ombro!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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