Um logotipo para um médico chamado dr. Guilherme Noffs

Resistência à dor: por que tratar é melhor do que suportar?

1 de abril de 2025
Falar Via WhatsApp

Será que possuir resistência à dor é algo realmente positivo?

A dor é uma experiência universal, mas a forma como lidamos com ela pode determinar não apenas nosso conforto, mas também nossa qualidade de vida.


Muitas pessoas acreditam que "aguentar firme" é uma demonstração de força ou resiliência, especialmente no caso de dores crônicas.


Porém, essa abordagem pode ter consequências negativas!


Ignorar ou suportar a dor sem buscar tratamento adequado pode levar a uma intensificação do problema.


Então, acompanhe esse artigo para entender por que tratar a dor é essencial e como algumas abordagens podem fazer toda a diferença ao lidar com essa situação desafiadora.


Por que sentimos dor?


A dor é interpretada pelo cérebro por meio dos neurônios, células especializadas que transmitem impulsos nervosos por todo o organismo.


Esses neurônios não apenas transmitem sinais, mas também possuem estruturas específicas capazes de identificar estímulos externos ou internos.


No caso da dor aguda, o processo ocorre em quatro etapas:


Transdução


Os receptores detectam o estímulo nocivo, como uma lesão ou dano ao tecido.


Condução ou transmissão


Os neurônios que captam o estímulo levam a informação até a medula espinhal.


Modulação


Na medula, o sinal pode ser amplificado ou reduzido.


Percepção


Finalmente, a mensagem chega ao cérebro, onde o desconforto é conscientemente percebido.


A dor aguda, portanto, é iniciada na periferia do corpo, percorre os neurônios até alcançar a medula espinhal e, em seguida, o cérebro, onde é interpretada como dor.


Dor Crônica


Por outro lado, a dor crônica tem características diferentes e não segue a mesma formação da dor aguda.


Nesse tipo de dor, pode não haver um estímulo nocivo evidente, mas o cérebro ainda assim "percebe" o desconforto, indicando um mecanismo mais complexo e, muitas vezes, independente de lesões visíveis.


Na dor crônica, ocorre uma amplificação progressiva das vias responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos, além do envolvimento de novas áreas do córtex cerebral impactadas pela dor. 


Esse processo pode comprometer ainda mais funções vitais e prejudicar significativamente a qualidade de vida. 


O que torna essa condição especialmente desafiadora é que, com o tempo, a dor tende a se intensificar, dificultando ainda mais o seu controle.


Se você quer entender melhor por que sentimos dor, acesse esse artigo em nosso blog!


Quais as principais condições que resultam em dor crônica?


As causas da dor crônica podem incluir condições degenerativas, lesões mal tratadas ou problemas de saúde persistentes, como por exemplo:



  • Artrose ou artrite;
  • Lesões em tendões;
  • Bursite e tendinite;
  • Hérnia de disco;
  • Lesões por esforços repetitivos;
  • Traumas decorrentes de acidentes;
  • Fibromialgia;
  • Danos nos nervos;
  • Câncer;
  • Dor prolongada após cirurgias.


Resistência à dor: por que tratar é melhor do que simplesmente suportar?


Se você é capaz de aguentar a dor e seguir com sua vida, é importante entender que essa estratégia pode não ser a mais eficaz para lidar com dores crônicas.


É hora de mudar a abordagem para obter resultados melhores.


Para quem sofre de dor crônica, o ato de suportar a dor sem tratá-la pode causar uma sensibilização na via sensorial, ou seja, a dor crônica altera o funcionamento do sistema nervoso.


Isso significa que o nervo responsável por levar a informação da dor ao cérebro se torna mais eficiente em transmitir esses impulsos, aumentando a percepção da dor com o tempo, diminuindo o estímulo necessário para que o corpo entenda aquilo como dor (um toque superficial passa a ser percebido como dor, por exemplo) e aumentando o tempo para que aquela sensação dolorosa passe.


Então, mesmo estímulos pequenos, como pisar em um grão de arroz, podem ser percebidos como altamente dolorosos devido à sensibilização da via sensorial.


Além disso, no cérebro, a área responsável por interpretar a dor pode se expandir, invadindo outras áreas que antes tinham outras funções (expansão geográfica da dor).


Isso é chamado de potencialização geográfica sensorial, agravando ainda mais a percepção da dor.


Portanto, quando decidimos "suportar a dor" e não a tratar, estamos, na verdade, estimulando essa via sensorial a se tornar cada vez mais eficiente, o que piora a dor crônica.


Então, quanto mais a dor persiste — seja pelo tempo desde o início, pela frequência ou pela intensidade — mais complexo se torna o tratamento.


 Isso ocorre porque ela pode gerar uma espécie de "memória" no sistema nervoso.


No nosso blog, temos um artigo completo explicando por que a dor crônica piora com o tempo, acesse e saiba mais!


Como diagnosticar a causa da dor crônica?


Para diagnosticar a dor crônica de forma adequada, é essencial realizarmos uma avaliação clínica detalhada, incluindo um exame físico completo.


Durante a consulta, é fundamental compreendermos se a dor está relacionada a alguma lesão ou doença, identificar suas características específicas, o tempo de duração e a presença de sintomas associados.


Além disso, quando necessário, solicitamos exames complementares, como análises laboratoriais ou exames de imagem.


Esses exames são escolhidos com base nas características apresentadas pelo paciente e na suspeita diagnóstica.


Resistência à dor: como realizamos o tratamento?


Após a identificação causa da dor crônica, podemos recorrer a diversas abordagens de tratamento, como:


  • Uso de medicamentos;
  • Fisioterapia;
  • Terapia ocupacional;
  • Acupuntura;
  • Infiltração articular;
  • Bloqueios neurais;
  • Agulhamento seco e modulação neural em casos de hérnia de disco ou dores articulares;
  • Técnicas de relaxamento, como massagens e meditação;


Outro aspecto importante no manejo da dor crônica é a qualidade do sono.


Durante o sono, o corpo sintetiza hormônios e neurotransmissores que ajudam na modulação da dor.


Entretanto, pacientes com dor crônica frequentemente enfrentam dificuldades para adormecer ou manter um sono contínuo, o que pode criar um ciclo negativo que agrava a percepção da dor.


Se você quer saber um pouco mais sobre a importância do sono para a saúde e tratamento da dor, acesse esse artigo em nosso site!


Ademais, a prática de atividade física é importante, pois tanto o excesso quanto a insuficiência de exercícios podem influenciar negativamente o quadro.


Exercícios realizados de forma inadequada, com sobrecarga ou excesso de intensidade, podem causar lesões e piorar a dor.


Por outro lado, o sedentarismo ou a falta de exercícios podem enfraquecer a musculatura, deixando o corpo mais vulnerável a lesões e reduzindo a produção de hormônios e neurotransmissores que ajudam a controlar a dor.


Lembre-se: lidar com a dor crônica exige uma estratégia proativa!


Suportá-la pode parecer funcional a curto prazo, mas não é a solução para tratar a causa subjacente ou melhorar a qualidade de vida.


Então, pare de suportar a dor e  agende sua consulta com o especialista o quanto antes. 


Assim, poderemos identificar seu quadro clínico e tratá-lo de forma adequada, de modo a não perpetuar o sofrimento e te devolver o bem-estar! 


O que não fazer no caso de instabilidade do ombro?
18 de março de 2025
O Que Não Fazer no Caso de Instabilidade do Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema!
Dor crônica no ombro: como tratar de forma eficiente?
4 de março de 2025
Quer saber qual a melhor forma de tratar a Dor Crônica no Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
Bursite e manguito rotador: o que está por trás da inflamação?
25 de fevereiro de 2025
Qual a relação entre Bursite e Manguito Rotador? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema!
Tratamento da artrose: quando e como começar?
18 de fevereiro de 2025
Por onde começar o Tratamento da Artrose? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema!
Se não funcionar, operamos? A importância de planejar o tratamento do ombro e cotovelo
11 de fevereiro de 2025
Qual a importância de Planejar o Tratamento do Ombro e Cotovelo? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica
Show More

Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

Agendar Consulta
Tratamento conservador para epicondilite lateral: como funciona?
25 de março de 2025
Quer conhecer o Tratamento Conservador Para Epicondilite Lateral? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
O que não fazer no caso de instabilidade do ombro?
18 de março de 2025
O Que Não Fazer no Caso de Instabilidade do Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema!
Infiltração com corticoide para epicondilite lateral é uma boa ideia?
11 de março de 2025
Quer fazer Infiltração com Corticoide Para Epicondilite Lateral? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema
Dor crônica no ombro: como tratar de forma eficiente?
4 de março de 2025
Quer saber qual a melhor forma de tratar a Dor Crônica no Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
Bursite e manguito rotador: o que está por trás da inflamação?
25 de fevereiro de 2025
Qual a relação entre Bursite e Manguito Rotador? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema!
Tratamento da artrose: quando e como começar?
18 de fevereiro de 2025
Por onde começar o Tratamento da Artrose? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e fala sobre o tema!
Mais Artigos
Share by: