A dor é uma experiência universal, mas a forma como lidamos com ela pode determinar não apenas nosso conforto, mas também nossa qualidade de vida.
Muitas pessoas acreditam que "aguentar firme" é uma demonstração de força ou resiliência, especialmente no caso de dores crônicas.
Porém, essa abordagem pode ter consequências negativas!
Ignorar ou suportar a dor sem buscar tratamento adequado pode levar a uma intensificação do problema.
Então, acompanhe esse artigo para entender por que tratar a dor é essencial e como algumas abordagens podem fazer toda a diferença ao lidar com essa situação desafiadora.
A dor é interpretada pelo cérebro por meio dos neurônios, células especializadas que transmitem impulsos nervosos por todo o organismo.
Esses neurônios não apenas transmitem sinais, mas também possuem estruturas específicas capazes de identificar estímulos externos ou internos.
No caso da dor aguda, o processo ocorre em quatro etapas:
Transdução
Os receptores detectam o estímulo nocivo, como uma lesão ou dano ao tecido.
Condução ou transmissão
Os neurônios que captam o estímulo levam a informação até a medula espinhal.
Modulação
Na medula, o sinal pode ser amplificado ou reduzido.
Percepção
Finalmente, a mensagem chega ao cérebro, onde o desconforto é conscientemente percebido.
A dor aguda, portanto, é iniciada na periferia do corpo, percorre os neurônios até alcançar a medula espinhal e, em seguida, o cérebro, onde é interpretada como dor.
Dor Crônica
Por outro lado, a dor crônica tem características diferentes e não segue a mesma formação da dor aguda.
Nesse tipo de dor, pode não haver um estímulo nocivo evidente, mas o cérebro ainda assim "percebe" o desconforto, indicando um mecanismo mais complexo e, muitas vezes, independente de lesões visíveis.
Na dor crônica, ocorre uma amplificação progressiva das vias responsáveis pela transmissão dos impulsos nervosos, além do envolvimento de novas áreas do córtex cerebral impactadas pela dor.
Esse processo pode comprometer ainda mais funções vitais e prejudicar significativamente a qualidade de vida.
O que torna essa condição especialmente desafiadora é que, com o tempo, a dor tende a se intensificar, dificultando ainda mais o seu controle.
Se você quer entender melhor por que sentimos dor, acesse esse artigo em nosso blog!
As causas da dor crônica podem incluir condições degenerativas, lesões mal tratadas ou problemas de saúde persistentes, como por exemplo:
Se você é capaz de aguentar a dor e seguir com sua vida, é importante entender que essa estratégia pode não ser a mais eficaz para lidar com dores crônicas.
É hora de mudar a abordagem para obter resultados melhores.
Para quem sofre de dor crônica, o ato de suportar a dor sem tratá-la pode causar uma sensibilização na via sensorial, ou seja, a dor crônica altera o funcionamento do sistema nervoso.
Isso significa que o nervo responsável por levar a informação da dor ao cérebro se torna mais eficiente em transmitir esses impulsos, aumentando a percepção da dor com o tempo, diminuindo o estímulo necessário para que o corpo entenda aquilo como dor (um toque superficial passa a ser percebido como dor, por exemplo) e aumentando o tempo para que aquela sensação dolorosa passe.
Então, mesmo estímulos pequenos, como pisar em um grão de arroz, podem ser percebidos como altamente dolorosos devido à sensibilização da via sensorial.
Além disso, no cérebro, a área responsável por interpretar a dor pode se expandir, invadindo outras áreas que antes tinham outras funções (expansão geográfica da dor).
Isso é chamado de potencialização geográfica sensorial, agravando ainda mais a percepção da dor.
Portanto, quando decidimos "suportar a dor" e não a tratar, estamos, na verdade, estimulando essa via sensorial a se tornar cada vez mais eficiente, o que piora a dor crônica.
Então, quanto mais a dor persiste — seja pelo tempo desde o início, pela frequência ou pela intensidade — mais complexo se torna o tratamento.
Isso ocorre porque ela pode gerar uma espécie de "memória" no sistema nervoso.
No nosso blog, temos um artigo completo explicando por que a dor crônica piora com o tempo, acesse e saiba mais!
Para diagnosticar a dor crônica de forma adequada, é essencial realizarmos uma avaliação clínica detalhada, incluindo um exame físico completo.
Durante a consulta, é fundamental compreendermos se a dor está relacionada a alguma lesão ou doença, identificar suas características específicas, o tempo de duração e a presença de sintomas associados.
Além disso, quando necessário, solicitamos exames complementares, como análises laboratoriais ou exames de imagem.
Esses exames são escolhidos com base nas características apresentadas pelo paciente e na suspeita diagnóstica.
Após a identificação causa da dor crônica, podemos recorrer a diversas abordagens de tratamento, como:
Outro aspecto importante no manejo da dor crônica é a qualidade do sono.
Durante o sono, o corpo sintetiza hormônios e neurotransmissores que ajudam na modulação da dor.
Entretanto, pacientes com dor crônica frequentemente enfrentam dificuldades para adormecer ou manter um sono contínuo, o que pode criar um ciclo negativo que agrava a percepção da dor.
Se você quer saber um pouco mais sobre a importância do sono para a saúde e tratamento da dor, acesse esse artigo em nosso site!
Ademais, a prática de atividade física é importante, pois tanto o excesso quanto a insuficiência de exercícios podem influenciar negativamente o quadro.
Exercícios realizados de forma inadequada, com sobrecarga ou excesso de intensidade, podem causar lesões e piorar a dor.
Por outro lado, o sedentarismo ou a falta de exercícios podem enfraquecer a musculatura, deixando o corpo mais vulnerável a lesões e reduzindo a produção de hormônios e neurotransmissores que ajudam a controlar a dor.
Lembre-se: lidar com a dor crônica exige uma estratégia proativa!
Suportá-la pode parecer funcional a curto prazo, mas não é a solução para tratar a causa subjacente ou melhorar a qualidade de vida.
Então, pare de suportar a dor e agende sua consulta com o especialista o quanto antes.
Assim, poderemos identificar seu quadro clínico e tratá-lo de forma adequada, de modo a não perpetuar o sofrimento e te devolver o bem-estar!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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