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Quando não fazer cirurgia do manguito rotador?

7 de novembro de 2024
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Você quer saber quando não fazer cirurgia do manguito rotador?

Decidir sobre a realização de uma cirurgia no manguito rotador é um passo importante no tratamento de lesões no ombro.


Embora a cirurgia possa ser necessária em alguns casos, há situações em que o procedimento pode não ser a melhor opção.


Assim, entender quando não realizar a cirurgia é essencial para evitar riscos desnecessários e buscar alternativas que possam proporcionar alívio e recuperação sem a necessidade de intervenção cirúrgica.


Neste artigo, discutiremos as circunstâncias em que a cirurgia do manguito rotador deve ser evitada, priorizando opções conservadoras e o bem-estar do paciente.


Acompanhe!


Quais são as principais razões para lesão do manguito rotador?


Entre as principais causas de lesão do manguito rotador, destacamos:


Degeneração


O envelhecimento leva à degeneração das estruturas do ombro devido à redução do colágeno, atrofia e menor suprimento sanguíneo.


Essas alterações tornam os tendões menos resistentes e flexíveis, aumentando o risco de roturas do manguito rotador, principalmente em idosos.


Predisposição genética/anatômica


Em pacientes mais jovens, as lesões são influenciadas principalmente por fatores hereditários.


Dessa forma, anomalias genéticas podem afetar a formação de cadeias específicas de colágeno ou provocar mudanças anatômicas e biomecânicas, aumentando a suscetibilidade dos tendões a danos.


Traumas 


Geralmente, quando há uma sobrecarga na área ou o indivíduo sofre um impacto direto, como uma queda ou um esforço excessivo, isso pode causar danos em algum dos tendões do manguito rotador.


Nesses eventos, os músculos se contraem para proteger o corpo, e os tendões podem ser lesados, especialmente se já estiverem previamente enfraquecidos.


Quais os tipos de rotura atingem o manguito rotador?


O grupo de músculos e tendões localizado no ombro, conhecido como manguito rotador, é formado por quatro músculos: subescapular, supraespinhal, infraespinhal e redondo menor.


Se você quer saber qual a função de cada parte do manguito rotador, acesse esse texto em nosso site!


Os tendões do manguito rotador podem sofrer roturas transfixantes (completas) ou parciais (que afetam parte de sua espessura).

A diferença entre esses tipos de lesões está associada à profundidade do comprometimento do tecido.


Na rotura transfixante (completa), ocorre uma rotura total na espessura do tendão, criando um "buraco" no tecido, como se fosse um rompimento que atravessa completamente a estrutura.


Já na rotura parcial, o tendão sofre um afinamento localizado com perda de algumas de suas fibras, sem que isso resulte em um buraco completo na sua estrutura, assemelhando-se a um “desfiado” nas fibras.


Se você quer saber mais sobre as diferenças entre rotura parcial e rotura transfixante do manguito rotador, acesse este artigo em nosso blog!


Quando não fazer cirurgia do manguito rotador?


Entender as características da lesão é fundamental para definir qual o tipo de tratamento mais adequado. 


Então, será fundamental compreender qual a região afetada, qual a extensão da lesão e também a sua gravidade.


A seguir explicamos as situações nas quais não costumamos indicar a cirurgia do manguito rotador:


Dor na região do trapézio ou meio das costas


Primeiramente, não indicamos a cirurgia do manguito rotador quando a dor ocorre na região do trapézio ou no meio das costas, pois essas regiões não são características de problemas no manguito rotador.


Mesmo que a ressonância magnética mostre alguma alteração, é necessário avaliar cuidadosamente antes de optar pela cirurgia, especialmente se a principal localização da dor for nessas áreas.


Ausência de distúrbio anatômico


O segundo caso em que não indicamos a cirurgia do manguito rotador é quando o paciente não apresenta um distúrbio anatômico claro.


A ressonância magnética do manguito rotador e o exame físico devem evidenciar claramente uma rotura na estrutura que justifique a necessidade de sutura, ou um conflito anatômico, como um osso muito proeminente que prejudique os tendões, para justificar a intervenção.


Baixa demanda do ombro


O terceiro caso em que não recomendamos a cirurgia é para pacientes com baixa demanda funcional, ou seja, aqueles que utilizam o membro superior apenas para atividades simples, como mexer no celular, no computador ou para comer.


Isso é especialmente relevante em pacientes de idade mais avançada com condições clínicas comprometidas.



Nesses casos, é preferível optar por outros tratamentos que possam melhorar a dor, mesmo que não recuperem totalmente a função.



Mas então, quais são as principais abordagens conservadoras disponíveis?


Existem muitas abordagens de tratamento não cirúrgico possíveis e, muitas vezes, a combinação delas é a melhor estratégia.


Inicialmente, indicamos medidas como repouso, imobilização, uso de medicamentos e aplicação de compressas de gelo.


Em certos casos, dependendo do problema, também recomendamos a infiltração de corticosteroides na articulação do ombro, especialmente se a dor estiver impactando as atividades diárias do paciente.


Além disso, podemos sugerir a viscossuplementação, que envolve a aplicação de ácido hialurônico no ombro.


Ela irá ajudar a controlar a dor e promover a cicatrização de certos tipos de lesões.


Esses procedimentos são pouco invasivos e, quando bem indicados e executados por profissional experiente, tem excelentes resultados.


Após controlar a dor e a inflamação, é comum integrar sessões de fisioterapia ao plano de recuperação.


Assim, encaminhamos o paciente para exercícios específicos, adaptados à localização da lesão no manguito rotador.


Isso irá colaborar para restaurar a flexibilidade e a força do ombro.


Já o retorno às atividades irá variar em cada caso, pois o sucesso do tratamento não cirúrgico está ligado à natureza e gravidade da lesão, bem como ao comprometimento e à resposta do paciente.


Portanto, diante dos diversos tratamentos conservadores, reforçamos que é fundamental procurar o especialista em ombro.


Agendar uma consulta com um médico experiente proporciona um diagnóstico preciso e um plano de tratamento personalizado, garantindo as melhores chances de recuperação sem intervenção cirúrgica, quando ela não é necessária.


Não hesite em buscar ajuda profissional.



Entre em contato com o nosso time de especialistas e agende uma consulta o quanto antes!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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