A artroscopia no ombro é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que tem se tornado cada vez mais comum no tratamento de diversas lesões articulares.
Porém, muitos pacientes ficam preocupados com a possibilidade de rejeição de materiais usados durante a cirurgia, especialmente em relação ao uso de pinos e parafusos.
Mas será que esses implantes realmente são utilizados em todos os casos?
E, se forem, existe o risco de rejeição?
Acompanhe esse artigo e entenda como é feita a artroscopia, além de conhecer as tecnologias e materiais modernos que tornam essa uma opção segura e eficaz.
A artroscopia do ombro é um procedimento minimamente invasivo, utilizado para tratar diversas condições na articulação.
O processo começa com a administração de anestesia, geralmente local ou loco-regional, que aplicamos na região do pescoço por meio de um bloqueio do plexo braquial.
Isso faz com que os nervos responsáveis pela dor no ombro e braço parem de funcionar temporariamente.
Essa anestesia proporciona benefícios como a redução do sangramento intra operatório e melhor controle da dor no pós-operatório.
Então, durante a cirurgia, realizamos de 3 a 4 pequenas incisões de cerca de 1 cm ao redor do ombro.
Através dessas aberturas, inserimos uma câmera de vídeo para visualizar as estruturas internas da articulação e instrumentos cirúrgicos para realizar os reparos necessários.
Em seguida, após breve período de observação, o paciente recebe alta para continuar sua recuperação em casa, seguindo as orientações médicas.
É importante ressaltar que, com a artroscopia, podemos tratar diversas condições em uma única intervenção, como:
Um mito muito comum é a ideia de que, ao realizar uma artroscopia no ombro, será colocado um "pino" que pode causar rejeição.
Inicialmente, devemos destacar que, nas cirurgias atuais, com as técnicas utilizadas em nossa clínica, não usamos nenhum tipo de pino ou parafuso na maioria dos casos.
É extremamente raro utilizarmos metal nessas cirurgias.
Normalmente, o que utilizamos são âncoras de tecido, que são fios de sutura que permanecem no corpo, sem a necessidade de outros implantes, como parafusos metálicos ou materiais semelhantes.
Em alguns casos, utilizamos um tipo de plástico absorvível, que é absorvido pelo corpo em 1 a 2 anos.
Portanto, não há risco de rejeição quando falamos de artroscopia do ombro, já que não inserimos materiais que possam provocar essa reação.
Apesar disso, é também importante ressaltar que, nos casos das cirurgias abertas nas quais o uso de pinos e outros materiais é necessário, o risco de rejeição não existe porque são materiais inertes.
Ou seja, sem componentes biológicos (proteínas) que possam causar reação imunológica (rejeição) pelo corpo.
Isso porque, os materiais utilizados em cirurgias ortopédicas são fabricados com materiais especiais, como titânio e ligas biocompatíveis, que são projetados para minimizar o risco de complicações.
Esses materiais têm uma alta compatibilidade com o tecido humano, o que significa que o organismo os reconhece como seguros, reduzindo significativamente a chance de inflamações ou complicações pós-cirúrgicas.
Além disso, são resistentes e duráveis, garantindo suporte e estabilidade durante o processo de recuperação óssea.
As complicações relacionados aos implantes ortopédicos (que realmente existem), são devidas à infecção bacteriana.
Ou seja, pela presença de bactérias junto ao material implantado.
Isto sim pode ocorrer principalmente associado à presença de metais no corpo e em áreas menos vascularizadas como os ossos.
No caso da artroscopia, no entanto, o próprio procedimento é realizado com uma grande quantidade de soro fisiológico (sem a qual não é possível realizar cirurgias por vídeo) que “lava” o sítio cirúrgico continuamente e sem o uso de metais implantados. Por estes motivos, tem risco mínimo de qualquer complicação relacionada aos implantes.
Embora a artroscopia seja um procedimento minimamente invasivo e seguro, ela normalmente requer internação em um esquema conhecido como "Hospital-dia" ou, em alguns casos, com 1 pernoite.
Isso significa que, se a cirurgia for realizada pela manhã, o paciente costuma ser liberado no mesmo dia, no período da tarde.
Porém, quando o procedimento ocorre no turno da tarde, é comum que o paciente passe a noite no hospital e receba alta na manhã seguinte.
Reforçamos que é essencial seguir todas as orientações médicas antes da cirurgia, como a realização de um jejum de aproximadamente 8 horas, entre outros preparos.
Essas medidas garantem a segurança do paciente durante o procedimento e facilitam uma recuperação mais tranquila após a artroscopia.
Se você ainda tem dúvidas se a artroscopia precisa de internação, acesse esse artigo em nosso blog!
Agora que esclarecemos que o risco de rejeição em uma artroscopia é praticamente inexistente, fica a dúvida de como será a recuperação após o procedimento.
Depois da artroscopia, o paciente deve seguir rigorosamente todos os cuidados pós-operatórios, como a troca adequada dos curativos e a aplicação de compressas de gelo na área operada.
O tempo de recuperação da artroscopia no ombro varia de acordo com cada caso.
Diversos fatores influenciam esse processo, como o quadro clínico do paciente, o problema tratado, a complexidade do procedimento, a demanda da articulação e o estado funcional prévio.
Em outras palavras, o tempo de recuperação é algo bastante individualizado, e é fundamental contar com o acompanhamento médico para garantir um retorno seguro e eficiente às atividades.
Em casos mais simples, o paciente pode se recuperar em cerca de 1 a 2 semanas.
Entretanto, em situações mais complexas, o tempo estimado de recuperação para retomar as atividades diárias, incluindo esportes, é de 1 mês a 2 meses.
Para atletas ou pessoas com alta demanda na articulação, como competidores, esse tempo pode se estender, levando de 2 a 3 meses para uma recuperação completa.
A dedicação ao plano de reabilitação também é um fator essencial para garantir um retorno bem-sucedido às atividades.
Contar com um especialista de confiança é fundamental quando o assunto é artroscopia.
Mesmo sendo um procedimento relativamente simples, ele exige o conhecimento e a experiência de um profissional capacitado para que todas as etapas sejam conduzidas com precisão e segurança.
O sucesso da cirurgia não depende apenas da técnica em si, mas também de um acompanhamento cuidadoso, tanto no pré-operatório quanto na recuperação.
Marcar uma consulta com o especialista é o primeiro passo para esclarecer todas as suas dúvidas, entender os benefícios do procedimento e discutir as opções de tratamento mais adequadas para o seu caso.
Durante a consulta, você terá a oportunidade de discutir seu histórico médico e avaliar os possíveis riscos.
Então, se você está considerando uma artroscopia, não espere mais para buscar orientação especializada.
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Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.