A dor do Manguito Rotador pode irradiar para parte posterior, lateral no ombro e até a metade do braço, ocorre mais após os 40 anos de idade, apresenta piora com movimentos do ombro e, algumas vezes, no período noturno atrapalhando o sono.
O Manguito Rotador é um conjunto de músculos localizados em nossos ombros que são responsáveis pelos nossos principais movimentos. Nele, temos 4 estruturas de músculos (supraespinhal, subescapular, infraespinhal e redondo menor), além de tendões e as bursas.
Os tendões são fitas fibrosas responsáveis pela inserção dos músculos aos ossos e, as bursas, são pequenas bolsas cheias de fluidos lubrificantes que amortecem os movimentos de estruturas, como tendões e ossos.
Explicado isso, a Inflamação do Manguito Rotador, também chamada de Síndrome do Manguito Rotador, Bursite do Ombro e de Tendinite do Ombro, acomete essas estruturas responsáveis pelo movimento do nosso braço.
Na maioria das vezes não apresenta nenhum comprometimento estrutural dos tendões (ou seja, costuma ser uma inflamação e não uma rotura do tendão).
Na região do pescoço, dentro do canal medular na coluna, passam nervos que dão sensibilidade e motricidade para os membros superiores.
Estes nervos emergem de dentro da coluna para os ombros e então para os braços nos espaços que existem entre as vértebras da região cervical (C4 – quarta vértebra cervical até T1 – primeira vértebra torácica).
Quando algum destes nervos tem seu trajeto atrapalhado por uma hérnia de disco cervical ou por artrose da articulação entre as vértebras cervicais, por exemplo, podemos sentir dor, diminuição de sensibilidade e até perda de força em territórios específicos da atividade do nervo.
Em outros casos pode ocorrer inflamação destes nervos causando dor intensa como no Herpes Zoster e na neurite da síndrome de Parsonage Turner.
A dor de origem neurológica costuma ocorrer mais continuamente e sem grandes modificações com a atividade do ombro, além de doerem em uma área mais espalhada pelo ombro, pescoço e braço habitualmente. Existem também casos com sintomas menos específicos e mais de um diagnóstico associado.
O diagnóstico da dor de origem neurológica pode incluir exame físico detalhado, radiografias, ressonância magnética da região cervical e do plexo braquial (grupo de nervos que vai para os membros superiores).
A dor de forte intensidade ocorre devido à inflamação causada pela tentativa do organismo de reabsorver a formação de cálcio de dentro do tendão acometido.
A tendinite calcária do ombro acontece nos tendões do manguito rotador e o mais frequentemente acometido é o tendão supraespinhal.
Os sintomas se parecem com os da síndrome do manguito rotador já que os mesmos tendões estão acometidos. Porém, neste caso existe uma formação de cálcio que pode comprometer o tratamento e atrapalhar a boa recuperação dos tendões.
Radiografia, ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética são capazes de ver a tendinite calcária.
Ocorre por incompetência das estruturas estabilizadoras do ombro. Ou seja, os ligamentos, o manguito rotador e o lábio da glenóide não estão sendo suficientes para manter a articulação funcionando com firmeza adequada.
A causa mais frequente da instabilidade do ombro está relacionada à lesão do lábio da glenóide (lesão de Bankart) e à frouxidão ligamentar que levam esta junta a ficar mais solta do que deveria causando dor para certos movimentos.
Quando a instabilidade do ombro segue sem tratamento, pode evoluir para artrose (desgaste da articulação) do ombro, muitas vezes irreversível.
A ressonância magnética pode ser útil para o diagnóstico, porém o exame clínico específico será decisivo.
Chamamos SLAP à lesão da parte superior do lábio da glenóide junto à inserção da cabeça longa do bíceps e pode vir acompanhada da instabilidade do ombro com lesão de outros locais do lábio da glenóide como a lesão de Bankart.
A dor devida a esta lesão costuma ocorrer na parte superior e anterior do ombro e piorar com movimentos específicos.
Acontece mais em atletas que executam movimentos amplos dos ombros e levantadores de peso.
O diagnóstico pode ser feito com ressonância magnética e artrorressonância além de manobras específicas no exame físico.
Costuma ser descrita com uma “dor cansada” ou em peso envolta da escápula e próximo ao pescoço. Os locais mais frequentes são trapézio, rombóides e levantador da escápula. Cada região apresenta pontos gatilho específicos (veja abaixo) e irradiações características da dor.
Chamamos de síndrome miofascial uma alteração de músculos e de fáscias (que envolvem estes músculos) resultando em pontos gatilho, nódulos endurecidos e dolorosos que quando estimulados disparam dor em uma área espalhada (irradiação).
Geralmente está associada à contração muscular e tensão mantida por longos períodos, além de condicionamento inadequado por falta de alongamento, fortalecimento ou descanso do grupo muscular. Existem ainda causas secundárias devidas a alterações neurológicas como hérnias de disco.
O diagnóstico da Síndrome Miofascial do Ombro depende pouco de exames de imagem já que o exame físico e testes clínicos específicos são as únicas ferramentas confiáveis que o especialista dispõe para esta patologia.
Quando temos dor nesta articulação, ocorre na parte superior do ombro (bem localizada) e piora com atividades de dormir de lado sobre o ombro acometido e atividades com movimentos amplos do ombro.
A causa da dor da acromioclavicular do ombro é devida à inflamação desta articulação formada pelo encontro da clavícula com o acrômio (parte superior e mais lateral da escápula). A inflamação pode acontecer por diversas causas como artrose acromioclavicular, osteólise acromioclavicular, sobrecarga mecânica, instabilidade e lesão dos ligamentos da região.
O diagnóstico pode ser feito com a compressão diretamente na região da articulação causando dor e os exames de radiografia e ressonância magnética podem ajudar mostrar a causa da dor.
Uma dor pouco localizada e pode acometer toda articulação do ombro e axila. Tende a piorar com os movimentos do ombro – mesmo com pequenos giros algumas vezes e caracteristicamente se intensifica no período noturno.
Esta inflamação compromete ligamentos e cápsula articular com diminuição do líquido sinovial que lubrifica a articulação. Nem sempre tem causa identificável e tende a passar sozinha após vários meses.
Nenhum exame de imagem é definitivo no diagnóstico da capsulite adesiva e algumas vezes é necessário aguardar o curso da doença que evolui em fases ao longo dos meses para poder fechar o diagnóstico.
Esta estrutura passa na região anterior do ombro onde ocorre a dor e acomete pessoas com problemas no manguito rotador ou que fazem muito esforço com o ombro.
A tendinite da cabeça longa do bíceps pode ocorrer por instabilidade do tendão dentro da articulação do ombro ou por excesso de esforço do bíceps em alguns casos.
Ultrassonografia e ressonância magnética podem auxiliar no diagnóstico.
Ocorre pelo conflito do manguito rotador contra o acrômio nos movimentos altos do ombro.
A síndrome do impacto subacromial ou síndrome da coalisão do ombro tem piora específica com movimentos que pareçam com escrever em uma lousa ou colocar roupa no varal quando o tendão supraespinhal colide contra o arco coracoacromial e fica inflamado.
Apesar de a ressonância magnética e a radiografia poderem auxiliar no diagnóstico, os testes específicos (exame físico) realizados pelo especialista são decisivos nestes casos.
Existem ainda outras causas possíveis para dores nos ombros e cada caso deve ser avaliado individualmente.
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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