Um logotipo para um médico chamado dr. Guilherme Noffs

Epicondilite Medial no Esporte

29 de setembro de 2020
Falar Via WhatsApp

A Epicondilite Medial ou cotovelo de golfista é um problema que causa dor na parte interna ou medial do cotovelo e diminuição de força para segurar objetos e puxar coisas.

Esse tipo especial de tendinite acomete o grupo de flexores dos dedos e do punho, ou seja, aquele grupo de tendões e músculos que promovem a flexão dos dedos e o agarre. Estes tendões ficam inflamados e podem até romper na região do cotovelo junto à sua inserção no epicôndilo medial (uma parte do osso do braço, o úmero). O mais frequente, é ser devida a sobrecargas por excesso na frequência do esforço ou por cargas muito elevadas no treino sem o tempo de descanso adequado entre os dias de treino.

Lesão da inserção dos tendões junto ao epicôndilo medial (retirado de https://www.orthobullets.com/shoulder-and-elbow/3083/medial-epicondylitis-golfers-elbow)


Muitos atletas de musculação, CrossFit ou outros esportes de força, desenvolvem a epicondilite medial devido a não ter um descanso adequado entre os treinos que envolvem agarres e puxadas.


É frequente pensarmos nos grupos musculares maiores, como peitoral, bíceps, tríceps, costas e pernas quando montamos uma planilha de treinos distribuídos ao longo da semana. Porém precisamos lembrar que outros músculos menores, como os do antebraço, trabalham muito durante o treino dos grupos musculares maiores.

Se a dor está acontecendo com frequência, logo após o exercício é interessante realizar compressas geladas para diminuir a inflamação e proporcionar um “microambiente metabólico” mais saudável para os tendões do antebraço que se ligam ao epicôndilo medial poderem se recuperar e diminuir a evolução da epicondilite medial. Estas compressas com gelo (por uns 20 minutos logo após o esforço muscular) são melhores do que o uso de antinflamatórios porque não interferem na síntese muscular como acontece com as medicações que atuma na inflamação (antinflamatórios não hormonais e corticóides). Isto quer dizer que o uso de medicações analgésicas (como dipirona e paracetamol) não costuma apresentar danos, mas o uso repetido ou prolongado de corticoides e antinflamatórios não hormonais (diclofenaco, cetoprofeno, etc) atrapalha o desenvolvimento muscular e seu uso por mais que alguns poucos dias deve ser evitado por atletas.

A mudança do treino dando intervalos maiores, geralmente de 2 a 3 dias entre esforços para um mesmo grupo muscular, associados a compressas de gelo por algumas poucas semanas, costumam a apresentar uma recuperação grande senão completa da epicondilite medial.


Para outros casos mais complicados podemos fazer usos de órteses, que são imobilizações removíveis para punho ou mesmo para cotovelo, para dar um descanso maior nos períodos entre os treinos e acessórios de musculação para diminuírem o esforço durante a prática do esporte. Além disso, é importante diagnosticar e tratar desbalanços mecânicos (fraqueza ou falta de alongamento de algum grupo muscular do antebraço) que costumam estar relacionados à epicondilite medial.


Existem ainda técnicas analgésicas locais para ter maior controle dos sintomas e para casos crônicos (mais de 3 semanas) é interessante aplicar compressas quentes em períodos separados das compressas geladas após os treinos.


Existem diversos outros problemas que acontecem com o cotovelo de atletas como a dor na região externa ou lateral do cotovelo a que chamamos Epicondilite Lateral ou Cotovelo de tenista e também a dor associada à diminuição da sensibilidade e dormência no antebraço e cotovelo que é a Síndrome da Compressão do Nervo Ulnar ou a Síndrome do Túnel Cubital. Mas estes são assuntos para outra postagem… 😉


Bons treinos!

Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

Agendar Consulta
Fisioterapia após cirurgia de ombro: será que é necessário fazer muitas sessões?
21 de novembro de 2024
Quer saber como fica a Fisioterapia Após Cirurgia do Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica
Artroscopia do ombro: existe risco de rejeição dos pinos?
14 de novembro de 2024
Quer saber se a Rejeição dos Pinos é possível na Artroscopia no Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
Quando não fazer cirurgia do manguito rotador?
7 de novembro de 2024
Quer saber Quando Não Fazer Cirurgia do Manguito Rotador? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
Ombro operado não fica como antes: mito ou verdade?
31 de outubro de 2024
Será que o Ombro Operado Não Fica Como Antes? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica
Quanto tempo de tipoia após cirurgia do ombro?
24 de outubro de 2024
Quanto Tempo de Tipoia Após Cirurgia De Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
Quando tratar a artrose do ombro?
17 de outubro de 2024
Quer saber Quando Tratar a Artrose do Ombro? Dr. Guilherme Noffs é Ortopedista de Ombro em São Paulo e explica!
Mais Artigos
Share by: