A artrose (ou osteoartrite) acromioclavicular é um problema que costuma afetar pessoas a partir da quarta década de vida e mais intensamente os esportistas.
O mal funcionamento desta articulação pode causar dor e reduzir significativamente a qualidade de vida.
Lesões da articulação acromioclavicular como distensões, sobrecargas e entorses são comuns tanto em treinos gerais quanto em competições esportivas e isso também pode contribuir para causar ou agravar artrose preexistente.
A osteoartrite das articulações acromioclaviculares ocorre mais frequentemente devido a processos naturais de envelhecimento ou lesões recebidas durante a vida.
A artrose acromioclavicular é uma condição inflamatória e degenerativa.
Nos estágios iniciais seu diagnóstico é particularmente difícil. É preciso que o(a) especialista faça uma avaliação individual do seu caso, com atenção ao seu histórico médico e rotina pessoal.
Os sintomas consistem de dor para dormir de lado sobre o ombro, dificuldade para apoiar alças sobre o ombro (bolsa, sutiã, mochila, etc), dor para movimentos mais amplos como natação, por exemplo.
Na maioria das vezes a doença é diagnosticada em alguém que não sofreu qualquer tipo de trauma ou pancada na região do ombro.
Isto quer dizer que uma grande parte das pessoas desenvolve artrose acromioclavicular por desgaste e degeneração associada a uma predisposição genética pessoal. Já uma pequena parte dos pacientes (minoria) decorre de trauma (veja em Lesões traumáticas).
A dor é pior ao levantar o braço acima da cabeça e ao pressionar diretamente a região da articulação da clavícula com o acrômio na parte lateral e superior do ombro. Muitas vezes, há uma saliência (um caroço ósseo) sensível na parte superior do ombro, onde fica a articulação acromioclavicular.
Alguns casos de artrose acromioclavicular são desenvolvidos a partir de uma lesão inicialmente traumática que após meses ou anos evolui para desgaste da articulação.
O mecanismo da maioria das lesões traumáticas da articulação acromioclavicular e das fraturas da clavícula é a queda sobre o ombro.
A posição subcutânea da articulação, sem grande proteção muscular, teoricamente aumenta a incidência de lesões.
A estabilidade da articulação esternoclavicular transfere a energia da lesão para os ligamentos acromioclavicular e coracoclavicular.
Quando os ligamentos são rompidos, chamamos de Luxação Acromioclavicular (LAC).
Lesão indireta na articulação acromioclavicular pode ocorrer ao cair sobre uma mão ou cotovelo estendido em adução, fazendo com que o úmero se transloque superiormente, levando a cabeça umeral para o acrômio.
Os principais objetivos do tratamento, seja cirúrgico ou não cirúrgico, são manter o ombro sem dor, com amplitude de movimento completa, força normal e sem limitações para atividades.
As demandas sobre o ombro variam de paciente para paciente e essas demandas devem ser levadas em consideração durante a avaliação inicial e decisão da melhor opção terapêutica.
Ao analisar os diversos tratamentos para artrose acromioclavicular é importante manter os objetivos gerais do tratamento em mente assim como o período adequado para retorno ou início de atividades físicas específicas.
No primeiro estágio de desenvolvimento da artrose, frequentemente são utilizados medicamentos anti-inflamatórios não esteroides ou outros medicamentos potentes para aliviar os sintomas. Para casos com dor intensa,é possível realizar aplicação intra articular (infiltração) de medicações que diminuem a inflamação e possibilitam retorno gradual às atividades e reabilitação.
Em qualquer estágio da doença médicos(as) podem prescrever o uso por longo prazo de condroprotetores, medicamentos que reparam protegem a cartilagem articular.
A maioria das dores nas articulações da articulação acromioclavicular melhoram com repouso, compressas geladas e comprimidos simples para a dor. Caso contrário, uma injeção de cortisona pode ser infiltrada na articulação acromioclavicular que costuma ter excelentes resultados.
Dividimos a reabilitação de esportistas em 4 fases: (1) controle da dor, amplitude de movimento de proteção imediata e exercícios isométricos; (2) exercícios de fortalecimento com contrações isotônicas; (3) participação funcional irrestrita com o objetivo de aumentar a força, potência, resistência e controle neuromuscular; e (4) retorno à atividade com exercícios funcionais específicos do esporte com cargas e impactos.
Se os sintomas persistirem – incluindo aumento da instabilidade, choque devido à discinesia escapular, diminuição da força, incapacidade de erguer o braço em uma posição de arremesso e dor, especialmente na parte posterior, instabilidade com a clavícula contígua à porção anterior da espinha da escápula – então a cirurgia pode ser indicada.
Muitas vezes o(a) cirurgião(ã) recorre à ressecção da região degenerada da clavícula e do acrômio e associa reconstruções ligamentares (uma costura reforçada) para retirada completa dos tecidos mais inflamados e reforço da anatomia previamente prejudicada.
Este procedimento é realizado através de uma pequena incisão de aproximadamente 3cm na região lateral e superior do ombro nos casos em que se opte pelo procedimento aberto. Para o tratamento por artroscopia (cirurgia por vídeo), podemos fazer o tratamento da artrose acromioclavicular associado e complementado pelo tratamento de outras lesões do ombro como manguito rotador e lesões dos tendões do ombro, bursite ou instabilidade e luxação, lesão labral, SLAP.
Após a abordagem cirúrgica, costumamos recomendar o retorno às práticas esportivas após algumas semanas e associadamente a trabalhos de fortalecimento e alongamentos em alguns casos (na maioria das vezes não é necessária reabilitação específica ou fisioterapia para o pós operatório destes casos).
A anatomia da articulação acromioclavicular é extremamente individualizada, com grande variação no ângulo intra-articular, congruência articular, movimento e força. Existe um corpo de conhecimento em expansão, baseado em dados biomecânicos, que apoia a reconstrução individual dos ligamentos coracoclaviculares e acromioclavicular.
Nossa clínica conta com equipe profissional especializada em diagnóstico e tratamentos para artrose acromioclavicular, e ainda, outras patologias músculo esqueléticas.
Promovemos uma recuperação de qualidade através de um atendimento individualizado. Agende sua consulta.
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.