O beach tennis, ou tênis de praia, é um esporte que atrai cada vez mais pessoas. Praticado na areia, os atletas devem repassar a bola recebida com o uso de raquetes.
Traz uma série de benefícios para a saúde, uma vez que demanda força dos membros inferiores e superiores, bem como resistência física.
Assim, ajuda no ganho de condicionamento, controle do peso e fortalecimento muscular. No entanto, assim como todo esporte, demanda preparo físico e atenção nos movimentos para evitar lesões.
Temos um artigo que fala sobre as principais
lesões do beach tennis e hoje vamos abordar a epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista.
Apesar de ser conhecida como cotovelo do tenista, esta lesão não ocorre somente em praticantes desta atividade.
Pode acometer também praticantes do beach tennis, apesar dos movimentos de ambos os esportes serem diferentes, além de pessoas que não praticam esportes, mas sobrecarregam a região com outras atividades (até mais frequentemente do que em esportistas).
A epicondilite é a degeneração angiofibroblástica da inserção do tendão no osso, associada a um processo inflamatório local.
É uma doença na qual, além da inflamação, há uma falha na cicatrização do tendão devido à formação de um tecido defeituoso que atrapalha a regeneração das estruturas doentes.
Ou seja, uma cicatriz errada se forma no local e atrapalha a formação da cicatriz certa (novo tendão).
Como principais sintomas, podemos citar:
A principal causa da epicondilite é a sobrecarga da região, normalmente ocasionada por movimentos repetitivos que podem forçar os músculos e colocar muita tensão nos tendões.
Então, quando não há o repouso adequado e a sobrecarga é mantida, a regeneração tecidual adequada não ocorre, podendo surgir fissuras microscópicas no tecido (fase inicial). Quando o problema perdura, lesões maiores ocorrem.
Um
estudo feito em 2020 avaliou a incidência de lesões do beach tennis e concluiu que o principal local do corpo lesionado é o ombro, seguido pelo cotovelo.
Neste ponto, devemos frisar que, normalmente, a epicondilite ocorrerá em um praticante recreativo da atividade.
Isso porque, os atletas profissionais têm um preparo adequado da região com fortalecimento muscular, alongamento e descanso.
Além disso, são acompanhados por um educador físico qualificado que avalia o gesto esportivo para fazer as devidas correções nos movimentos, evitando as lesões.
Assim, podemos afirmar que, na grande maioria dos casos, a epicondilite lateral acomete aquelas pessoas que praticam o beach tennis por muitas horas em um único dia ou alguns dias seguidos (por exemplo, aos finais de semana), mas não fazem exercícios de fortalecimento e alongamento intercalados com o esporte.
Para prevenir a grande maioria das lesões esportivas, é necessário ter atenção nos seguintes pontos:
Alongamento
O alongamento é fundamental e deve ser realizado conforme orientação de um profissional capacitado, como treinador físico, fisioterapeuta ou ortopedista/médico do esporte.
Fortalecimento muscular
Músculos mais fortes garantem a estabilidade da região e, consequentemente, uma menor sobrecarga nos tendões.
Descanso adequado
O descanso é essencial para que as estruturas se recuperem da demanda que receberam.
Então, indicamos intercalar os dias de prática do beach tennis e dos treinos dos membros superiores e inferiores com descansos adequados.
Revisão das técnicas esportivas utilizadas
Movimentos errados podem levar a lesões. Portanto, é importante ter um educador físico qualificado para avaliar o gesto esportivo e fazer as devidas correções nos movimentos.
O tratamento da epicondilite visa a regeneração do tecido lesionado, proporcionando alívio da dor e outros sintomas.
Poderemos adotar diversas estratégias não cirúrgicas, por exemplo:
No entanto, para casos de lesões com características pouco favoráveis à cicatrização ou se o tratamento não cirúrgico não trouxer alívio dos sintomas, indicaremos a cirurgia para reparar as estruturas danificadas.
Você poderá ler mais sobre o tratamento da epicondilite lateral
clicando aqui.
O mais importante será procurar um ortopedista especialista em cotovelo assim que começar a sentir dores ou desconfortos na região.
Isso porque, o tratamento precoce das lesões costuma apresentar resultados mais rápidos e satisfatórios, além de impedir a evolução da doença.
Dessa maneira, você poderá retomar a prática do beach tennis com mais cautela para se divertir e cuidar da sua saúde!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.