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Epicondilite Lateral e o Beach Tennis: saiba mais

27 de janeiro de 2022
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O que você sabe sobre a epicondilite lateral e o beach tennis?  Se você pratica esta atividade, principalmente de forma recreativa, fique atento na importância de prevenir lesões no cotovelo.


O beach tennis, ou tênis de praia, é um esporte que atrai cada vez mais pessoas. Praticado na areia, os atletas devem repassar a bola recebida com o uso de raquetes.


Traz uma série de benefícios para a saúde, uma vez que demanda força dos membros inferiores e superiores, bem como resistência física.


Assim, ajuda no ganho de condicionamento, controle do peso e fortalecimento muscular. No entanto, assim como todo esporte, demanda preparo físico e atenção nos movimentos para evitar lesões.


Temos um artigo que fala sobre as principais
lesões do beach tennis e hoje vamos abordar a epicondilite lateral, também conhecida como cotovelo do tenista.


O que é epicondilite lateral?


Apesar de ser conhecida como cotovelo do tenista, esta lesão não ocorre somente em praticantes desta atividade.


Pode acometer também praticantes do beach tennis, apesar dos movimentos de ambos os esportes serem diferentes, além de pessoas que não praticam esportes, mas sobrecarregam a região com outras atividades (até mais frequentemente do que em esportistas).  


A epicondilite é a degeneração angiofibroblástica da inserção do tendão no osso, associada a um processo inflamatório local. 


É uma doença na qual, além da inflamação, há uma falha na cicatrização do tendão devido à formação de um tecido defeituoso que atrapalha a regeneração das estruturas doentes.


Ou seja, uma cicatriz errada se forma no local e atrapalha a formação da cicatriz certa (novo tendão).


Como principais sintomas, podemos citar:


  • Dor na região lateral do cotovelo, que piora com movimentos de extensão do punho e dos dedos e ao agarrar objetos;
  • Dor para fazer atividades relacionadas ao agarre, como segurar uma garrafa cheia ou torcer um pano;
  • Perda de força;
  • Rigidez no cotovelo;
  • Dificuldade para esticar o cotovelo completamente.


A principal causa da epicondilite é a sobrecarga da região, normalmente ocasionada por movimentos repetitivos que podem forçar os músculos e colocar muita tensão nos tendões.


Então, quando não há o repouso adequado e a sobrecarga é mantida, a regeneração tecidual adequada não ocorre, podendo surgir fissuras microscópicas no tecido (fase inicial). Quando o problema perdura, lesões maiores ocorrem.


A epicondilite lateral e o beach tennis


Um
estudo feito em 2020 avaliou a incidência de lesões do beach tennis e concluiu que o principal local do corpo lesionado é o ombro, seguido pelo cotovelo.


Neste ponto, devemos frisar que, normalmente, a epicondilite ocorrerá em um praticante recreativo da atividade.


Isso porque, os atletas profissionais têm um preparo adequado da região com fortalecimento muscular, alongamento e descanso.


Além disso, são acompanhados por um educador físico qualificado que avalia o gesto esportivo para fazer as devidas correções nos movimentos, evitando as lesões.


Assim, podemos afirmar que, na grande maioria dos casos, a epicondilite lateral acomete aquelas pessoas que praticam o beach tennis por muitas horas em um único dia ou alguns dias seguidos (por exemplo, aos finais de semana), mas não fazem exercícios de fortalecimento e alongamento intercalados com o esporte.  


Como prevenir a epicondilite lateral? 


Para prevenir a grande maioria das lesões esportivas, é necessário ter atenção nos seguintes pontos:


Alongamento


O alongamento é fundamental e deve ser realizado conforme orientação de um profissional capacitado, como treinador físico, fisioterapeuta ou ortopedista/médico do esporte.


Fortalecimento muscular


Músculos mais fortes garantem a estabilidade da região e, consequentemente, uma menor sobrecarga nos tendões.


Descanso adequado


O descanso é essencial para que as estruturas se recuperem da demanda que receberam.


Então, indicamos intercalar os dias de prática do beach tennis e dos treinos dos membros superiores e inferiores com descansos adequados.


Revisão das técnicas esportivas utilizadas


Movimentos errados podem levar a lesões. Portanto, é importante ter um educador físico qualificado para avaliar o gesto esportivo e fazer as devidas correções nos movimentos.


E se eu tiver a epicondilite lateral, qual o tratamento?


O tratamento da epicondilite visa a regeneração do tecido lesionado, proporcionando alívio da dor e outros sintomas.


Poderemos adotar diversas estratégias não cirúrgicas, por exemplo:


  • Repouso;
  • Compressas;
  • Imobilização;
  • Correção e adaptação do treino;
  • Fortalecimento;
  • Alongamento;
  • Aplicação de Ácido hialurônico;
  • Terapia de ondas de choque.


No entanto, para casos de lesões com características pouco favoráveis à cicatrização ou se o tratamento não cirúrgico não trouxer alívio dos sintomas, indicaremos a cirurgia para reparar as estruturas danificadas.


Você poderá ler mais sobre o tratamento da epicondilite lateral
clicando aqui.

 

O mais importante será procurar um ortopedista especialista em cotovelo assim que começar a sentir dores ou desconfortos na região.


Isso porque, o tratamento precoce das lesões costuma apresentar resultados mais rápidos e satisfatórios, além de impedir a evolução da doença.


Dessa maneira, você poderá retomar a prática do beach tennis com mais cautela para se divertir e cuidar da sua saúde!


Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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