Para compreender melhor este processo e seus possíveis danos ao ombro, precisamos antes entender como é esta articulação.
A articulação do ombro é formada por estruturas ósseas e diversos outros elementos que ajudam na estabilidade e na movimentação.
Uma formação importante desta articulação é composta pela cabeça do úmero, que é convexa e se encaixa na glenóide, uma parte da escápula em formato côncavo.
Além disso, temos uma estrutura muito importante para a estabilidade deste encaixe, o lábio da glenóide, que consiste em uma cartilagem que “abraça” a cabeça do úmero e confere estabilidade e flexibilidade.
Eventualmente, pode ocorrer um desencaixe completo do úmero em relação à glenóide e, nesse caso, dizemos que ocorreu uma luxação do ombro. Nestes casos, existe deformidade visível e dificuldade para movimentar o ombro imediatamente. Muitas vezes, este quadro de luxação (completa) só é revertida após tratamento em pronto socorro por ortopedista.
No entanto, quando temos um evento similar, mas no qual o úmero e a glenóide não chegam a perder completamente a relação, dizemos que ocorreu uma subluxação. Ou seja, o ombro quase se desloca.
A subluxação ocorre mais frequentemente em atletas durante um treino mais intenso ou em pessoas que demandam excessivamente do ombro em suas atividades.
Por exemplo, para quem pratica musculação, pode ocorrer durante os movimentos do supino inclinado ou do crucifixo.
Além disso, alguns movimentos do crossfit, por exemplo aqueles feitos com o Kettlebell, ou até as braçadas na natação podem ocasionar a lesão.
Pacientes que já possuem algum grau de frouxidão ligamentar ou que já sofreram algum trauma no ombro também são candidatos a sofrerem a subluxação.
Quando este tipo de lesão ocorre, costuma causar dor e insegurança, como uma “falha na firmeza” para o esforço do ombro.
Se este for um evento frequente, poderá ocasionar danos à cartilagem de revestimento da cabeça do úmero e da glenóide, pois elas sofrem desgaste a cada episódio de subluxação (como ocorre uma roda girando num eixo torto, por exemplo).
Como resultado, temos uma degeneração precoce do ombro que causa dor, diminuição da amplitude de movimento e da força que pode ser irreversível em muitos casos.
Nem sempre a subluxação será percebida e, muitas vezes, até a realização de exames, como o raio x, ressonância magnética e tomografia trazem resultados muito sutis que somente um médico especialista poderá identificar. Por isso, dor para esforço e insegurança ou “falha na firmeza da articulação” devem ser investigados adequadamente.
O tratamento desta lesão deve ser individualizado e vai variar conforme diversos fatores.
Assim, devemos avaliar o local da lesão, sua extensão e qual a demanda que o paciente tem do ombro. Ou seja, se ele faz mais exercícios e se precisa de mais potência desta articulação.
Então, poderemos adotar um tratamento conservador com uso de anti-inflamatórios, fisioterapia e afastamento das atividades que causaram o problema até que a lesão seja solucionada.
Em muitos casos observamos algum distúrbio mecânico como a discinesia escapular que pode contribuir negativamente para a resolução do problema e deve ser tratada conjuntamente.
No entanto, em casos de subluxação crônica ou recidivante, também poderá ser indicada cirurgia. Isso porque, essas lesões podem causar o comprometimento das estruturas mais importantes da articulação (artrose) com o passar do tempo.
A artroscopia do ombro é um procedimento cirúrgico minimamente invasivo. Para sua execução, fazemos pequenos acessos à articulação onde inserimos uma câmera através da qual observamos as lesões do ombro.
Além disso, por estes pequenos acessos realizamos o reparo das lesões da subluxação do ombro e reconstruímos as estruturas machucadas como cartilagens, tendões e ligamentos.
Este procedimento é seguro, gera cicatrizes muito pequenas e tem uma recuperação rápida (de alguns dias a algumas semanas, a depender de cada caso).
Devemos ressaltar que sentir dor e limitações no ombro não é comum. Então, caso você tenha esses incômodos, não deixe de procurar um ortopedista especialista em ombro para lhe auxiliar.
Na nossa clínica fazemos todo o acompanhamento do paciente, desde o diagnóstico até a reabilitação e retorno às atividades.
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.