Artrose acromioclavicular significa degeneração ou desgaste da articulação composta pela parte lateral da clavícula e medial do acrômio.
O acrômio é uma parte da escápula que se articula com a região do úmero, com o gradil costal e com a clavícula; na parte lateral e superior do ombro, na região onde ficam, por exemplo, as tiras de uma mochila, encontramos uma saliência que é exatamente a articulação acromioclavicular: no encontro da clavícula com acrômio.
Nessa região existem algumas estruturas que estabilizam a articulação chamadas ligamentos acromioclaviculares. Esses ligamentos ligam um osso ao outro e estabilizam principalmente os movimentos anteroposteriores, enquanto os ligamentos coracoclaviculares, que vem desde o coracóide (uma parte anterior e inferior da escápula) até a parte de baixo da clavícula, estabilizam principalmente os movimentos superior e inferiores.
As instabilizações ou os tipos de instabilidade, ou luxação acromioclavicular, são causas frequentes de artrose acromioclavicular, ou seja, pancadas ou acidentes envolvendo ombro que causem deslocamento da articulação acromioclavicular podem resultar em artrose acromioclavicular no futuro.
Algumas fraturas dessa região também podem resultar em lesão dos ligamentos e das cartilagens da região criando condições para uma artrose futura dessa articulação.
A artrose da articulação acromioclavicular é muitas vezes osteoartrite, o resultado de movimentos repetidos que desgastam a cartilagem na estrutura. Como o ombro é usado com tanta frequência, não é surpreendente que a superfície da articulação possa se desgastar após anos de uso.
No entanto, o curso mais comum para o desgaste da articulação acromioclavicular é o que chamamos idiopático (sem causa determinada). Isto significa que boa parte das pessoas vai desenvolver artrose acromioclavicular sem um motivo que justifique este desgaste e que pode até ser “normal” para maioria dos pacientes e não propriamente um problema de saúde.
A maior parte dos casos idiopáticos são desenvolvidos após os 40 anos de idade, não necessariamente do lado dominante, e não necessariamente com sintomas.
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Isso significa que boa parte das pessoas com artrose acromioclavicular não tem, nem terão qualquer tipo de dor ou impotência ou diminuição de função por causa dessa artrose. Para muitos especialistas esse tipo de artrose é uma consequência natural do envelhecimento músculo esquelético que chega a acometer até metade da população em alguns estudos.
No entanto, muitas pessoas sofrem com dores intensas na região acromioclavicular relacionadas à artrose. Nestes casos observamos edema capsulo ligamentar acrômio clavicular geralmente na região superior.
Ao apalpar é possível notar dor e algumas vezes inchaço e calor também na região. Na imagem da ressonância magnética ou na radiografia pode-se observar grande degeneração da articulação com perda da sua anatomia original.
A pesquisa sugere que as pessoas que apresentam sintomas de artrite acromioclavicular são mais propensas a ter:
Uma pequena luxação não será necessariamente óbvia para o(a) paciente ou mesmo para o(a) médico(a) sem um raio-X ou outra exame de imagem. A artrite da articulação acromioclavicular também pode ocorrer após uma luxação completa.
Para lidar com dor e inchaço locais o que se aconselha é evitar a sobrecarga da região, principalmente dormir de lado, colocar peso sobre o ombro, ou atividades com o braço acima da cabeça.
O tratamento da artrose acromioclavicular depende da gravidade dos sintomas e da presença de outros problemas no ombro, incluindo síndrome do impacto, artrite glenoumeral e lesão muscular, como ruptura do manguito rotador.
Inicialmente medicação anti-inflamatória pode ser usada aliada à fisioterapia para lidar com a inflamação, dor e perda de movimentos.
Quando nenhuma dessas alternativas resolve satisfatoriamente pode-se tentar a infiltração da região acromioclavicular para tirar inflamação e melhorar os sintomas- o que pode ser feito em consultório médico sob orientação de um profissional experiente.
Se os sintomas não responderem ao tratamento conservador ou se a dor for muito forte, a cirurgia pode ser necessária. Um procedimento artroscópico pode remover a região acometida pela degeneração e permitir que a articulação acromioclavicular retome sua função sem dor.
Outra opção terapêutica seria a cirurgia para ressecção da artrose acromioclavicular. É uma cirurgia de porte pequeno em que se faz um corte sobre a região para retirada dos tecidos doentes, ou degenerados, e com o benefício da recuperação de uma estrutura anatômica funcional.
A recuperação para esse procedimento é mais rápida do que as demais operações do ombro. Muitas vezes, sequer é necessário o uso da tipoia nesses casos, e a volta à prática esportiva costuma ser completa e precoce na maioria dos casos.
Vimos que o desgaste, a degeneração da articulação e sua estrutura e componentes, como a cartilagem, podem ou não levar a dor e perda de movimentos. Por desgaste natural ou devido a alguma ocupação profissional e/ou recreativa é possível reconhecer o problema e buscar uma solução adequada ao seu caso.
Agende sua consulta conosco e tenha indicações de especialistas para cuidados e tratamentos para seu caso específico.
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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