O tendão supraespinhal fica localizado na parte superior do ombro, abaixo do trapézio e do deltóide e ligado à cabeça do úmero, sendo um dos tendões do manguito rotador.
Além de ser um tendão mais frágil que os demais, o supraespinhal apresenta uma região conhecida como zona crítica, que possui menos colágeno e vascularização e possui uma resistência ainda menor.
Além disso, também a localização desta região é desfavorecida, pois possui maiores chances de conflito anatômico com a região do acrômio e seus ligamentos (arco coracoacromial), o que chamamos de síndrome do impacto subacromial.
Caso queira ler mais sobre a zona crítica do tendão supraespinhal, temos um artigo que aborda o assunto
clicando aqui.
A zona crítica do tendão supraespinhal, por ser a mais sensível, é a região na qual as lesões do manguito rotador costumam se iniciar.
O tendão poderá sofrer lesões com diferentes graus de intensidade, o que influenciará o tipo de tratamento a adotar.
Tendinite
A tendinite é uma inflamação no tendão e não uma alteração estrutural. Normalmente, ocorre acompanhada de inflamação da bursa subacromial que recebe o nome de Bursite.
Então, a tendinite no tendão supraespinhal não é uma lesão e sim uma inflamação e, recebendo o devido tratamento, não chega a provocar uma lesão na maioria dos casos.
Lesão parcial
Estas lesões ocorrem quando somente uma parte das fibras do tendão sofrem danos e ele não se rompe completamente.
Além disso, podem variar em relação a sua extensão e profundidade, sendo mais graves as lesões mais profundas (mais de 50% da espessura do tendão, por exemplo) e mais retraídas ou com maior área lesionada.
Lesão completa
Neste caso, as fibras do tendão se separam por completo e o tendão fica com um furo, lesão transfixante. Então, a lesão pode ser bastante debilitante e, se negligenciada, pode progredir para atrofia muscular e perda de mobilidade do ombro.
O tendão e o músculo supraespinhal são importantíssimos para a execução de movimentos fundamentais do ombro.
Por exemplo, eles nos permitem levantar os braços para lavar a cabeça, pendurar roupas ou pegar algo no armário.
Então, uma lesão nesta região causa dor e dificuldade para realizar movimentos importantes e tratá-las de forma adequada é essencial.
O tratamento que adotaremos irá depender de uma série de fatores, como o tipo e extensão da lesão e a demanda que o paciente tem do ombro.
Neste texto, abordaremos o tratamento quando o tendão sofre uma lesão parcial mais superficial.
Então, para os casos de lesões parciais de baixo grau (ou superficiais) do tendão supraespinhal, adotaremos um tratamento não cirúrgico no qual buscamos estimular biologicamente a região para incentivar cicatrização e menos inflamação e dor, para ao final ocorra recuperação da estrutura e da função da articulação. Este estímulo biológico ocorre com a aplicação de ácido hialurônico que estimula o colágeno local, associado a um programa de fisioterapia bem estruturado.
Assim, devemos considerar, a depender da fase em que a lesão se encontra:
Por exemplo, será fundamental iniciar o fortalecimento motor e alongamento no processo de recuperação da lesão do tendão supraespinhal para possibilitar o trofismo muscular, recuperação do movimento e flexibilidade.
Além disso, aliado ao fortalecimento e alongamento poderemos aplicar ácido hialurônico diretamente na articulação.
Este procedimento traz diversos benefícios para o paciente, por exemplo:
Caso você queira saber mais sobre ácido hialurônico e sobre viscossuplementação temos um texto sobre o assunto.
Ademais, deveremos entender se existem anormalidades mecânicas associadas para então, corrigi-las, pois se mantivermos um conflito mecânico por exemplo, o tendão voltará a romper em breve.
Normalmente, o tratamento conservador da lesão parcial do tendão supraespinhal traz excelentes resultados para o paciente.
Diversas serão as possibilidades de tratamento. A escolha de quais métodos adotar será individualizada após avaliação detalhada do quadro clínico do paciente.
Por isso, será essencial se consultar com um
ortopedista especialista em ombro, que dará todo o suporte necessário para o paciente ao longo do processo de reabilitação.
Assim, será possível fazer um retorno gradual para as atividades cotidianas, retomando a qualidade de vida e bem-estar!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.