Nosso ombro é composto por 4 articulações, sendo a articulação acromioclavicular aquela localizada na parte superior, onde a clavícula encontra o acrômio. É composta por uma série de ligamentos responsáveis pela sua estabilidade que, em casos de luxação (quando ocorre um deslocamento da articulação), são lesionados.
A luxação acromioclavicular ocorre quando a clavícula se desloca do acrômio devido, principalmente, a quedas em cima do ombro muito comuns em esportes como o futebol, ciclismo, skate, patins e nas lutas.
Então, o distanciamento entre estes ossos pode ocorrer em diversos níveis, o que costuma variar de acordo com as estruturas lesionadas.
Ou seja, de acordo com o distanciamento ou o posicionamento dos ossos desta articulação, sabemos quais ligamentos foram danificados. Além disso, inserções musculares como trapézio, peitoral e deltóide podem sofrer lesões e desinserções também.
Inclusive, em alguns casos poderemos observar a clavícula saltada fazendo com que o ombro perca seu formato arredondado, o que chamamos de sinal da dragona.
O diagnóstico será fundamental para definirmos o tipo de tratamento desta lesão. Para tal, o principal é realizarmos um bom exame físico, já que a radiografia pode causar enganos e não permitir comparar o lado lesionado com o normal e avaliar o distanciamento entre a clavícula e o acrômio como era orientado e realizado pelos médicos até há alguns anos.
Então, poderemos entender qual a gravidade da lesão e definir o tipo de tratamento mais adequado após um bom exame físico e algumas radiografias complementares.
Em grande parte dos casos, a luxação acromioclavicular não demanda cirurgia. Assim, fazemos um tratamento conservador que compreende, principalmente, a imobilização do ombro pelo tempo necessário em cada situação (o que pode variar de dias a semanas).
Esta é a maioria dos casos de luxação acrômio clavicular e resulta em um excelente resultado a médio e longo prazo.
Ademais, indicaremos a reabilitação mais adequada para ganho de amplitude de movimento articular e para o fortalecimento da musculatura que estabiliza o ombro, bem como treinamentos específicos que otimizem a consciência corporal e a postura.
A necessidade de cirurgia para estes quadros é pouco frequente e ocorre em situações mais específicas.
Por exemplo, quando estamos diante de grandes deformidades que interferem ou impossibilitam o movimento do ombro, a cirurgia é necessária. Isto deve levar em consideração o tipo de atividade do paciente, a idade, comorbidades e expectativas sobre o funcionamento do ombro.
Por exemplo, costumamos indicar cirurgia para pacientes jovens com luxação completa acromioclavicular onde se forma o sinal da dragona (deformidade visível mesmo com uso de camiseta) e o sinal da tecla - parte lateral da clavícula passível de grande mobilidade pela compressão súpero-inferior. Outro fator importante é o bloqueio articular, quando a clavícula fica posteriorizada e sobre o acrômio, bloqueando a elevação do membro.
Além disso, esta decisão também dependerá dos danos sofridos a outras estruturas do ombro como fraturas, ligamentos, músculos e tendões.
O objetivo da cirurgia será reposicionar a articulação entre o acrômio e a clavícula a fim de restabelecer a anatomia da articulação. A depender de cada caso, poderemos realizar diversas técnicas e fazer desde o acesso aberto até a artroscopia.
Normalmente, a cirurgia para as luxações acromioclaviculares trazem excelentes resultados, principalmente se ocorrerem ainda na fase aguda da lesão.
A recuperação vai depender de diversos fatores, mas geralmente o paciente é capaz de usar computador e comer com o membro operado após 3 ou 4 dias e volta para treinos com fortalecimento e musculação por volta de 6 semanas.
Será fundamental contar com ortopedista especialista em ombro desde o início da lesão para definir o melhor tratamento e fazer o acompanhamento do paciente até sua completa reabilitação.
Então, caso você tenha sofrido uma lesão na região, procure atendimento médico especializado o quanto antes e evite complicações, que podem até mesmo ser irreversíveis!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Dr Guilherme Noffs - CRMSP 144245 - Este site obedece as orientações do Conselho Federal de Medicina e do Código de Ética Médica, que proíbe a apresentação de fotos de pacientes, resultados ou procedimentos. As informações nele contidas podem variar conforme cada caso e representam apenas uma ideia genérica do atual estágio das técnicas apresentadas, não substituindo, em hipótese alguma, uma consulta médica tradicional e muito menos representando promessas de resultados.