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Ombro congelado: saiba mais!

7 de outubro de 2021
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O ombro congelado, também conhecido como capsulite adesiva, é uma condição na qual o paciente sente dor e rigidez da articulação.

Geralmente, este quadro clínico apresenta recuperação espontânea, mas isso pode levar de alguns meses até cerca de dois anos, caso o paciente não receba nenhum tratamento.


O ombro possui uma estrutura chamada cápsula articular, um invólucro formado por fibras colágenas que mantém no lugar o líquido que lubrifica a articulação e protege os ossos e tendões.


Quando esta cápsula inflama e aumenta de espessura, sofre uma redução de sua elasticidade e volume. Assim, a articulação passa a ter pouca mobilidade e muita dor. Além disso, outras estruturas como o manguito rotador e bursa também ficam inflamadas e dolorosas (bursite e tendinite).


Sabemos que traumas ou cirurgias no ombro podem ser fatores desencadeantes da doença. No entanto, muitas vezes ela ocorre sem nenhum motivo aparente.


Esta condição ocorre em cerca de 2% da população geral e existem alguns fatores de risco para tal, como ter idade entre 40 e 60 anos, etnia oriental, diabetes, alterações da tireoide e outros problemas hormonais.


Além disso, o problema ocorre mais em mulheres que em homens.


Quais são os sintomas do ombro congelado? 


Esta condição se desenvolve em 3 fases que apresentam sintomas distintos:


Dor ou Congelamento


Normalmente, o ombro começa a doer sem nenhum motivo aparente. Ao longo das semanas, a dor ganha maior intensidade.


Esta dor pode ocorrer em volta de todo ombro e na axila, além de poder irradiar até o cotovelo e a escápula. Além disso, conforme o quadro evolui a dor passa a ocorrer também no período noturno, atrapalhando o sono.


É comum que o paciente tente fazer alongamentos ou algum fortalecimento para solucionar o incômodo. Todavia, isso pode piorar a inflamação e a dor nesta fase da doença caso feitos de forma inadequada.


Com o passar do tempo, a articulação se torna menos flexível. 


Esta fase dura desde poucas semanas até vários meses e é bastante delicada, demandando acompanhamento de um especialista para controlar a dor e melhorar o conforto do paciente. Além disso, é possível abreviar o período de dor com medidas adequadas.


Enrijecimento


Nesta fase, caso o paciente não receba um tratamento adequado, sofrerá com a diminuição da amplitude de movimento do ombro, sendo que alguns movimentos passarão a ser difíceis.


Por exemplo, encontrará dificuldade em colocar a mão na nuca, lavar os cabelos, coçar as costas ou abotoar o sutiã.


Nesta etapa, que dura alguns meses, a dor costuma diminuir de intensidade.


Descongelamento


Com o passar do tempo, a rigidez começa a melhorar lentamente.


No entanto, sem o tratamento adequado a recuperação completa da função da articulação ocorre por volta de 2 anos após os sintomas iniciais.


Dessa maneira, fica evidente a importância de procurar um médico especialista para fazer um diagnóstico e tratamento adequados, já que os sintomas do ombro congelado afetam significativamente a qualidade de vida do paciente por um longo período.


Como fazemos o diagnóstico? 


Normalmente, o diagnóstico da capsulite adesiva é feito por avaliação clínica com exame de um especialista e eventualmente ressonância magnética com alguns achados indiretos. Mas precisamos avaliar se o paciente não possui diversas outras doenças ou lesões antes de chegar em uma conclusão.


Na realidade, esta é uma doença de manejo bastante desafiador devido à dor e à incapacidade gerada pela patologia em algumas fases do problema. No entanto, um bom manejo de dor e inflamação costumam ser decisivos para a evolução favorável e mais rápida do processo.


Tratamento do ombro congelado


Como dissemos, mesmo que o paciente não receba nenhum tratamento esta doença tem um fim definido e se resolve sozinha na maior parte das vezes.


No entanto, isso pode demorar desde alguns meses até anos e, neste período, o paciente sofre com dor intensa combinada com a limitação das funções do ombro.


Dessa maneira, o tratamento tem o intuito de reduzir o tempo de desenvolvimento da doença e controlar a dor para garantir a qualidade de vida do paciente o mais rápido possível.


Normalmente, fazemos uso de injeções de anti-inflamatórios de ação prolongada e infiltrações articulares com o intuito de esfriar o processo ativo dentro do ombro, tratamos ainda a dor crônica com medicações para modular a dor e diminuir o desconforto, melhorar o sono e amenizar as crises de dor.


Além disso, podemos considerar outras terapias que visam a analgesia, como a acupuntura, bem como a fisioterapia com foco na recuperação do movimento do ombro além da analgesia.


Em casos de falha do tratamento não cirúrgico, podemos recomendar a realização de manipulação articular (não cirúrgico) realizada sob anestesia e que costuma ser suficiente para resolver a rigidez.


Para os raros casos em que as medidas acima não têm resultado satisfatório, fazemos a liberação da cápsula articular por meio da artroscopia (cirurgia por vídeo), bem como outros procedimentos que sejam necessários com base no quadro clínico de cada paciente.

 

Como vimos, o ombro congelado é uma condição que, apesar de regredir sozinha, afeta consideravelmente a qualidade de vida do paciente enquanto está em curso.


Além disso, demanda um olhar apurado do especialista para chegar no diagnóstico correto.  


Na nossa clínica temos profissionais especializados em ombro que poderão te auxiliar a tratar esta doença e ter mais bem-estar no seu dia a dia.

Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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