Pós operatório do reparo do bíceps no cotovelo: como funciona?

7 de outubro de 2025
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Quer saber quais cuidados tomar no pós operatório do reparo do bíceps distal no cotovelo?

O reparo cirúrgico do tendão distal do bíceps, localizado na região do cotovelo, é indicado principalmente em casos de rotura completa, condição que compromete bastante a força e a função do braço.


Após a cirurgia, o processo de recuperação exige atenção e cuidados para garantir que o tendão cicatrize corretamente e que o paciente recupere a mobilidade e a força de forma segura.


Portanto, entender como funciona o pós-operatório é essencial para quem está se preparando para esse procedimento ou já passou por ele.


Neste artigo, você vai saber o que esperar nas primeiras semanas, quais são os cuidados mais importantes e como o acompanhamento médico faz toda a diferença na reabilitação.


O que é o bíceps distal e por que ele pode se romper?


O bíceps distal é a parte do tendão do músculo bíceps braquial que se insere no osso rádio, localizado no antebraço, próximo ao cotovelo.


Essa estrutura é responsável por uma função essencial do braço: a flexão do cotovelo acompanhada do movimento de supinação do antebraço, que é o ato de girar a palma da mão para cima.


A rotura do tendão distal do bíceps pode ocorrer de forma súbita, geralmente durante um esforço intenso e inesperado, como levantar um peso com o cotovelo flexionado.


Essa lesão costuma acometer mais homens entre 30 e 60 anos e está frequentemente associada a atividades de sobrecarga (musculação) e tem maior ocorrência em usuários de  esteroides.


Além do uso crônico de esteroides anabolizantes, o tabagismo e doenças que enfraquecem os tendões (como a insuficiência renal crônica) podem aumentar o risco de rotura.


Assim, quando o tendão se rompe, o músculo perde sua inserção no osso e se retrai em direção ao braço, causando dor, inchaço, perda de força e dificuldade para girar o antebraço, porém afetando muito pouco os movimentos básicos do dia a dia.


A principal limitação resultante desta lesão é o desempenho físico/esportivo e a estética que fica comprometida.


Quando indicamos a cirurgia para reparar o bíceps distal do cotovelo?


A cirurgia para reparar o tendão distal do bíceps do cotovelo é geralmente necessária quando ocorre uma rotura completa do tendão, ou seja, quando ele se solta totalmente de sua inserção no osso rádio.


Costumamos recomendar essa cirurgia principalmente para pacientes ativos, trabalhadores manuais, atletas ou qualquer pessoa que deseje recuperar a força e a função do braço de forma plena.


Já em casos de roturas parciais, o tratamento pode inicialmente ser conservador, com técnicas de medicina regenerativa como o PRP e as células tronco que auxiliam a cicatrização.


Ressaltamos que a intervenção precoce, idealmente nas primeiras semanas após a rotura (parcial ou completa), tende a apresentar melhores resultados, pois evita que o tendão se retraia excessivamente ou que ocorra a formação de tecido cicatricial que dificulte a reinserção adequada.


Como realizamos a cirurgia para reparo do tendão distal do bíceps?


A cirurgia para reparo do bíceps rompido tem como objetivo reinserir o tendão rompido de volta ao osso rádio, restaurando a função completa do braço.


Durante o procedimento, anestesiamos o paciente com uma combinação de anestesia regional (geralmente o bloqueio do plexo braquial, que elimina a sensibilidade do braço) e sedação ou anestesia geral.


O tendão é então fixado ao osso por meio de âncoras ou botões de suspensão, garantindo uma fixação firme que permitirá a cicatrização adequada.


Em relação à dor, a cirurgia em si não é dolorosa, pois o paciente permanece sedado e com o braço anestesiado durante todo o procedimento.


Já no pós-operatório, controlamos o incômodo com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios.


Além disso, o bloqueio anestésico realizado na cirurgia costuma manter o braço sem dor por várias horas após o procedimento, o que proporciona um pós-operatório mais confortável nas primeiras 24 a 48 horas.


Também é possível recorrer à aplicação de gelo local, o repouso com o uso de tipoia e a elevação do braço para reduzir o inchaço e o desconforto.


Pós operatório do reparo do bíceps distal do cotovelo: quanto tempo leva a recuperação? 


A recuperação após a cirurgia para reparo do tendão distal do bíceps varia de acordo com o perfil do paciente, a gravidade da lesão, a técnica utilizada e a adesão ao protocolo de reabilitação.


As primeiras semanas são dedicadas à proteção da estrutura reparada, com uso de tipoia e restrição de movimentos ativos para evitar tração sobre o tendão reinserido.


Por volta da terceira semana, muitos pacientes, especialmente aqueles que seguem corretamente o preparo pré-operatório e o protocolo de reabilitação, apresentam boa evolução, sendo capazes de flexionar e estender o cotovelo com controle e sem dor.


Nessa fase, o paciente já está pronto para iniciar a próxima etapa do tratamento, que envolve o ganho da amplitude total de movimento e o início da ativação muscular gradual, sempre com orientação do fisioterapeuta.


De modo geral, quando o paciente segue corretamente as orientações do tratamento, costuma estar apto a voltar a realizar atividades moderadas com os braços nas primeiras semanas e voltar às práticas esportivas perto de 6 a 8 semanas após a cirurgia.


Já os esportes de impacto ou treinos intensos, geralmente são autorizados apenas a partir do segundo ou terceiro mês.


Pós operatório do reparo do bíceps distal do cotovelo: como saber se estou evoluindo bem após a cirurgia?


Saber se a recuperação está evoluindo bem após a cirurgia de reparo do tendão distal do bíceps envolve acompanhar alguns marcos importantes no processo de reabilitação.


Isso inclui a redução gradual da dor, o ganho progressivo da mobilidade do cotovelo e o retorno controlado da força muscular.


Dessa forma, o acompanhamento do ortopedista é fundamental em todas as fases.


Desde a indicação cirúrgica, passando pelo preparo pré-operatório, o procedimento em si e, especialmente, no pós-operatório.

Cada organismo responde de forma diferente à cirurgia e ao protocolo de reabilitação.


Por isso, contar com um ortopedista experiente garante não apenas uma avaliação técnica segura sobre a evolução da cicatrização e da funcionalidade do braço, mas também a adaptação do tratamento às necessidades de cada pessoa.


Além disso, o especialista pode identificar precocemente qualquer sinal de complicação, como rigidez, perda de força ou aderências, evitando que pequenos problemas se tornem limitações duradouras.


Assim sendo, se você passou por esse tipo de cirurgia ou está em dúvida sobre a necessidade de realizar o procedimento, marque sua consulta na nossa clínica.



O acompanhamento profissional é essencial para devolver a você sua autonomia com confiança!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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