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Quando tratar a artrose do ombro?

17 de outubro de 2024
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Você quer entender quando tratar a artrose do ombro?

A artrose do ombro, também conhecida como osteoartrose, é uma doença degenerativa que afeta a cartilagem articular, levando a sintomas como dor crônica, rigidez e redução da amplitude de movimento.


Com o tempo, essa condição pode comprometer seriamente a capacidade de realizar tarefas cotidianas e até mesmo impactar o bem-estar geral.


Diante disso, uma das questões mais importantes para quem sofre com artrose no ombro é saber quando é o momento certo para iniciar o tratamento.


Então, se você está lidando com desconforto ou limitação no ombro, acompanhe este artigo e descubra!


O que é a artrose no ombro e quais são as principais causas dessa condição?


A artrose no ombro é uma condição degenerativa que afeta a articulação do ombro, causando desgaste na cartilagem e alterações no líquido sinovial.


Esta articulação é composta por ossos que se conectam por meio de uma cápsula articular, que contém o líquido sinovial responsável pela lubrificação e suavidade dos movimentos.


Quando essa cartilagem, que cobre os ossos e permite um deslizamento suave, começa a se desgastar, o movimento da articulação se torna doloroso e limitado, e o ombro pode desenvolver deformidades, rigidez e perda de função.


No nosso blog, temos um artigo completo sobre os sintomas de artrose no ombro, acesse e saiba mais!


As causas da artrose no ombro variam, entre as principais podemos destacar:


  • Envelhecimento: esta é a principal causa, pois com o avanço da idade, a cartilagem naturalmente se desgasta, especialmente em pessoas que demandaram exageradamente ou de maneira errada (instável) da articulação do ombro ao longo da vida. Esse processo é muitas vezes exacerbado por fatores genéticos;
  • Uso excessivo e repetitivo: pacientes mais jovens também podem ser afetados, especialmente se houver alterações anatômicas ou mecânicas (instabilidade do ombro/ Luxação /corpos livres na articulação) que predispõem o ombro a um maior desgaste. Nesses casos, o uso excessivo ou repetitivo da articulação pode causar danos irreversíveis, levando à artrose precoce;
  • Traumas: tanto micro traumas repetitivos quanto grandes traumas podem causar danos à cartilagem articular, levando à artrose;
  • Instabilidade: condições como luxação ou subluxação do ombro podem resultar em desgaste acelerado da articulação, contribuindo para o desenvolvimento da artrose em qualquer idade.


Assim, lembramos que a artrose no ombro é uma condição que pode afetar tanto pessoas mais velhas quanto mais jovens, dependendo dos fatores de risco, do histórico de traumas ou uso excessivo da articulação.


Quando tratar a artrose do ombro e por quê?


É essencial saber que devemos tratar a artrose no ombro o quanto antes.


Aqui, não falamos necessariamente de cirurgias ou procedimentos, como a injeção de ácido hialurônico no ombro, mas de tratamentos que devem começar precocemente e de forma direcionada.


Se formos citar um tratamento de sucesso da artrose, será o fortalecimento muscular ao redor da articulação, ou seja, a capacidade de manter a estrutura muscular dessa articulação.


Esse fortalecimento pode começar em qualquer idade, mas quanto mais cedo, melhor, devido a fatores hormonais, trofismo, elasticidade e flexibilidade.


Portanto, se há uma predisposição à artrose, como histórico familiar, é indicado não esperar até os 60 ou 70 anos para começar o tratamento.


Dessa forma, aconselhamos que o paciente inicie um treinamento direcionado já por volta dos 30 anos, com musculação específica para prevenir a artrose, diferente da musculação convencional de academia.


Esse treinamento deve incluir várias ressalvas, como amplitudes de movimento menores e evitar sobrecargas articulares.



Assim, será possível obter um resultado melhor, com uma evolução mais lenta da artrose ao longo dos anos.



Como definir o plano de treinamento para quem possui essa condição?


Como vimos, para quem enfrenta a artrose no ombro, é essencial realizar um fortalecimento específico, adaptado para a situação.


Primeiramente, é preciso buscar a orientação do ortopedista especialista em ombro para obter um diagnóstico preciso da condição.


Iremos realizar uma avaliação detalhada, observando o ombro em movimento, e não se baseando apenas em exames como a ressonância magnética.


Essa análise permitirá compreender melhor o funcionamento da articulação e identificar possíveis problemas subjacentes.


Com o diagnóstico em mãos, poderemos recomendar um tipo específico de fortalecimento, adequado à condição diagnosticada.


Além disso, um acompanhamento fisioterapêutico é fundamental para complementar essa avaliação.


O fisioterapeuta irá elaborar um programa de reabilitação específico para a patologia identificada.


Em alguns casos, também poderemos envolver um educador físico nesse planejamento para complementar a avaliação e desenvolver um programa de treino adequado.


Esse profissional também poderá recomendar a realização de alongamentos específicos e definirá períodos de descanso apropriados, essenciais para permitir que as estruturas do ombro se recuperem da carga imposta.


É importante destacar que, quando o foco do treinamento é a correção de uma alteração específica, a condição do paciente deve ser reavaliada após um período determinado, pois os músculos passarão por alterações que podem exigir adaptações no treino.


Reforçamos que não é recomendável iniciar um programa de fortalecimento por conta própria ao enfrentar qualquer problema na articulação do ombro


Mas então, como deverá ser o treinamento do ombro?


Quando nos referimos a treinos para o ombro com a função de tratar ou evitar lesões, existem alguns pontos de atenção, a saber:


Respeitar a amplitude natural de movimento da articulação


Um erro comum na musculação é não respeitar a amplitude natural das articulações. 


Quando os braços são posicionados excessivamente abertos ou muito para trás durante os exercícios, há o risco de uma leve subluxação, onde o osso se desloca ligeiramente, pressionando a borda da articulação (labrum da glenoide). 


Mesmo sem a subluxação, essas amplitudes de movimento geram um estresse articular elevado, o que não é recomendado para quem busca preservar a saúde das articulações.


Aumento gradativo da carga


O aumento repentino da carga é uma causa frequente de lesões, pois as estruturas articulares podem não estar suficientemente fortalecidas para suportar essa nova demanda.


Enquanto os músculos se adaptam rapidamente, ligamentos, tendões e ossos precisam de mais tempo. Portanto, mesmo com força muscular adequada, não é recomendado aumentar a carga de forma abrupta.


Embora não exista uma abordagem única para todos, ajustar a biomecânica e otimizar a técnica do exercício antes de aumentar a carga geralmente resolve a maioria dos problemas.


Treino equilibrado para a porção posterior e anterior do ombro


Um treino equilibrado para as porções anterior e posterior do ombro é essencial para manter a saúde e a funcionalidade articular. 


Enquanto a porção anterior, composta principalmente pelo músculo deltóide anterior e pelos músculos peitorais, é responsável por movimentos de flexão e adução, a porção posterior, que inclui o deltóide posterior e os músculos romboides, cuida da extensão e da rotação.


Se não houver equilíbrio entre esses grupos musculares, pode ocorrer uma descompensação que resulta em má postura, sobrecarga e maior risco de lesões. 


Descanso adequado 


O descanso adequado entre os treinos de ombro é fundamental para prevenir lesões e garantir um progresso saudável. 


Durante o descanso, o corpo se recupera, repara microlesões e fortalece os músculos, permitindo que os ombros suportem cargas maiores sem riscos. Ignorar períodos de recuperação pode levar a fadiga muscular, sobrecarga e aumento do risco de lesões. 


Incorporar dias de descanso e evitar treinar os mesmos músculos em dias consecutivos são práticas essenciais para manter a saúde articular e otimizar os resultados dos treinos.


Portanto, para saber quando tratar a artrose no ombro e a melhor forma de fazer isso, evite seguir conselhos genéricos e
agende uma consulta com o ortopedista especialista.



Inicie um programa de treinamento personalizado o quanto antes e evite complicações!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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