O manguito rotador é a estrutura formada por 4 músculos e seus respectivos tendões que circulam a articulação do ombro: supraespinhal, infraespinhal, subescapular e redondo menor.
Tem papel fundamental no movimento e estabilização desta articulação, permitindo a rotação do braço em torno de seu eixo, além de levantá-lo acima da cabeça ou colocá-lo atrás do corpo nas costas.
Assim como as demais estruturas do nosso corpo, o manguito rotador não está isento de sofrer lesões. Apesar de existir lesão do manguito rotador em pessoas jovens, este problema ocorre muito mais frequentemente a partir dos 50 anos e está intimamente relacionado à perda de colágeno (elasticidade e resistência) e trofismo dos tendões e músculos. Existem ainda os casos de causa genética em que surge em pessoas mais jovens e sem perda de trofismo ou colágeno.
Normalmente, a lesão por trauma ocorre quando o paciente sofre uma pancada, queda, ou um esforço muito grande que causa danos na estrutura de algum dos tendões do manguito rotador. Em alguns casos, chega a rasgar o tendão (rotura).
Já a degeneração ocorre quando, com o decorrer da idade, a redução do colágeno e as diversas alterações hormonais pelas quais passamos interferem nas estruturas do ombro, tornando-as mais fracas e menos elásticas.
Assim, estas alterações podem evoluir para uma lesão (rasgo, desinserção ou rotura) das estruturas do manguito rotador.
Quando as lesões ocorrem, as funções normais do ombro ficam prejudicadas e o paciente pode sentir dor e fraqueza.
Em algumas situações, indicaremos a cirurgia e então surge o questionamento de como será o reparo do manguito rotador no idoso.
A cirurgia do manguito rotador irá variar conforme a estrutura lesionada e o grau da lesão. Além das lesões degenerativas, existem 3 principais tipos de lesões por trauma: distensão, lesão parcial e lesão total.
No blog temos um artigo que explica estas lesões e você poderá ler clicando aqui.
O reparo do manguito rotador no idoso será diferente do que em um paciente mais jovem.
Isso porque, como dissemos, com o passar da idade as estruturas do ombro perdem o colágeno, o que gera diminuição da flexibilidade das articulações.
Os tendões são estruturas resistentes formadas por tecido conjuntivo composto, basicamente, por colágeno e água. Então, estas estruturas sofrem diretamente com o envelhecimento.
Além disso, com o passar da idade, passamos por uma perda significativa de massa muscular sendo que a quantidade de tecido e o número e tamanho das fibras musculares diminuem gradualmente.
A cartilagem dentro da articulação também se torna mais fina e seus componentes, que ajudam a fornecer resistência, são alterados.
Em uma cirurgia na qual precisamos reparar estas estruturas que já estão, naturalmente, mais frágeis, buscamos ter cautela e atenção para quais partes estão ainda preservadas, de modo a utilizá-las e deixando menor tensão e sobrecarga nas partes da articulação que já apresentem maior desgaste.
Então, não basta apenas fazer as costuras e reparos necessários, pois a chance do paciente não ter uma boa cicatrização e a lesão ocorrer novamente é grande.
O ideal será buscar no próprio organismo do paciente um tecido que esteja com maior qualidade de modo a utilizá-lo e chegar em um resultado adequado do reparo no manguito rotador. Qual parte do tendão será utilizada para o reparo muda de paciente para paciente e deve ser considerada de forma completamente individualizada.
Normalmente, a cirurgia é feita pela artroscopia, método minimamente invasivo que trata uma ampla gama de patologias do ombro com eficiência e mínima agressão ao corpo.
Temos um artigo sobre a artroscopia do manguito rotador e você poderá ler clicando aqui.
O processo de reabilitação no idoso também é diferenciado e deve ocorrer de forma gradativa.
A recuperação dos movimentos deve ocorrer com brevidade, mas sempre respeitando os limites do paciente e o tempo necessário de imobilização.
Em um idoso, a atrofia muscular aumenta rapidamente. Por isso, devemos iniciar a fisioterapia já nas primeiras semanas após a cirurgia, sendo este um aspecto importante no processo de recuperação.
A reabilitação irá depender de uma série de fatores, como o quadro de saúde física e mental do paciente, bem como sua motivação.
Neste processo, será essencial contar com o apoio de um ortopedista especialista em ombro que fará todo o acompanhamento desde a cirurgia até a alta.
Então, não deixe de procurar um ortopedista de confiança para te auxiliar na sua recuperação!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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