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Cisto paralabral no ombro: o que é e por que acontece?

2 de maio de 2024
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Você quer entender o que é e por que surge o cisto paralabral no ombro?

O ombro, uma das articulações mais versáteis do corpo humano, nos permite realizar uma grande variedade de atividades, desde tarefas cotidianas simples até complexos movimentos esportivos.


Entretanto, toda essa mobilidade e demanda o torna vulnerável a diversas lesões ou degenerações, que podem comprometer a integridade estrutural da articulação, levando a episódios de instabilidade.


Essa instabilidade, por sua vez, pode promover a formação de cistos como uma consequência do aumento de pressão intra-articular ou de alterações no fluxo de líquido sinovial.


Portanto, compreender essa interconexão é essencial, pois ela não apenas esclarece a natureza dos cistos paralabrais, mas também destaca a importância de abordar a instabilidade como parte do tratamento.


O que é o cisto paralabral no ombro e por que isso ocorre?


O cisto paralabral no ombro é definido como uma formação cística localizada próxima ao lábio da glenóide.


O lábio da glenóide é uma estrutura anatômica de cartilagem (como o menisco do joelho) que contribui para a estabilidade e flexibilidade do ombro.


Ele atua como um suporte para manter a cabeça do úmero posicionada dentro da cavidade glenoidal quando realizamos mobimentos mais amplos.


A presença de um cisto paralabral indica, na maioria das vezes, a ocorrência de um vazamento de líquido sinovial, que é um fluido presente em todas as articulações verdadeiras, responsável pela lubrificação e nutrição das mesmas.


Este vazamento de líquido sinovial é indicativo de uma falha na integridade da vedação articular associada a lesões na cartilagem que circunda a glenóide, responsável por manter a estabilidade e a vedação da articulação.


Para entender melhor, pense na função de uma borracha que veda o contato entre a tampa e uma panela de pressão - se ela estiver com defeito haverá vazamento e poderá haver instabilidade da tampa.


Portanto, embora o cisto paralabral em si raramente representa um problema primário, ele serve como um importante indicador de lesões subjacentes no labrum (ou lábio) da glenóide.


Em casos raros, o cisto pode estabelecer contato com nervos adjacentes à região, momento em que se torna uma fonte de sintomas adicionais.


Quando isso ocorre, o paciente pode experienciar dor, formigamento ou fraqueza na região do ombro.


Esses sintomas são reflexos da compressão nervosa provocada pelo cisto, requerendo uma avaliação detalhada para a determinação do tratamento mais adequado.


Assim, o diagnóstico de um cisto paralabral alerta para a necessidade de uma investigação cuidadosa das condições da cartilagem glenoidal e da estabilidade articular do ombro.


Quais são as razões da instabilidade no ombro?


A manutenção da estabilidade do ombro é crucial para a execução de movimentos precisos e funcionais do braço.


Esta estabilidade é garantida por um conjunto complexo de estruturas anatômicas, que incluem não só os músculos e tendões do manguito rotador, mas também os ligamentos e o labrum da glenóide, elementos essenciais para o equilíbrio e mobilidade da articulação.


Quando ocorre uma subluxação do ombro, por exemplo, há um deslocamento parcial da cabeça do úmero em relação à glenóide, mantendo, no entanto, algum contato entre as superfícies articulares.


Este evento pode resultar em dor, instabilidade do ombro, sensação de insegurança e diminuição da força muscular, comprometendo a funcionalidade do braço.


Esta condição é particularmente prevalente entre atletas que se engajam em esportes com exigências de movimentos repetitivos do ombro ou com cargas elevadas (CrossFit e musculação principalmente).


Além disso, pessoas com predisposição a ligamentos mais frouxos ou que sofreram lesões prévias, incluindo luxações ou fraturas no ombro, enfrentam um risco elevado de desenvolver instabilidade.


A recorrência de episódios de instabilidade do ombro pode induzir um ciclo de desgaste progressivo nas cartilagens da cabeça do úmero e da glenóide.


Este processo acelera a degeneração articular, podendo levar a condições mais graves.



Se você quer entender se a instabilidade no ombro pode piorar, acesse esse artigo em nosso site!



Tratamento para o cisto paralabral no ombro


Inicialmente, é preciso explicar que, caso o cisto no ombro não cause dor, seu tratamento ou não irá depender da causa subjacente. 


Por exemplo, caso identifiquemos um cisto assintomático que ocorra devido a degeneração natural da articulação por conta do envelhecimento, podemos somente acompanhar o quadro, sem intervir. 


Contudo, caso o cisto seja grande, cause compressão dos nervos com sintomas no paciente e/ou esteja associado a condições de instabilidade, deveremos adotar algumas estratégias.


Em linhas gerais, será necessário drenar o cisto, além de reparar a lesão que o originou através da artroscopia do ombro. 


Realizamos a artroscopia através de pequenas incisões na articulação, por onde é inserida uma câmera para visualizar as lesões do ombro.


Utilizando essas pequenas aberturas, efetuamos o reparo das lesões que causaram o cisto, além de drená-lo e restaurar as estruturas lesionadas.


Este método cirúrgico é considerado seguro, resulta em cicatrizes mínimas e possui um período de recuperação relativamente curto.


Se você quer saber se a artroscopia precisa de internação e entender mais detalhes do procedimento, acesse esse artigo em nosso blog!


É importante observar a relevância de realizar um diagnóstico preciso quando o paciente possui um cisto paralabral no ombro, pois isso fará toda diferença em qual tratamento adotaremos. 


Como tratamos a instabilidade no ombro?


Como vimos, muitas vezes, o cisto no ombro está associado à instabilidade, que demanda tratamento.


Então, será fundamental analisar a localização e a gravidade da lesão, bem como as necessidades específicas do paciente em relação ao uso do ombro, especialmente no que diz respeito à realização de exercícios físicos e à necessidade de força na articulação.


Com base nessas informações, podemos optar por um tratamento não invasivo, que pode incluir o uso de medicamentos anti-inflamatórios, sessões de fisioterapia, e uma pausa nas atividades que provocaram a lesão.


Contudo, em situações onde há subluxações crônicas ou recorrentes, a intervenção cirúrgica pode se fazer necessária, principalmente porque tais lesões podem levar a danos mais severos nas estruturas vitais da articulação.


Nesse caso, novamente recorremos à artroscopia do ombro, uma técnica cirúrgica pouco invasiva.


É importante salientar que sentir qualquer tipo de incômodo ou alteração no ombro não é normal.


Portanto, se você estiver enfrentando esses desconfortos, busque a orientação do ortopedista especializado em ombro.



Em nossa clínica, oferecemos acompanhamento completo ao paciente, em caso de dúvida, agende uma consulta!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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