A fratura por fragilidade óssea é uma condição que ocorre devido ao enfraquecimento dos ossos, tornando-os mais vulneráveis. 

A fratura por fragilidade óssea é uma condição que merece atenção especial e pode afetar pessoas de todas as idades, mas é muito mais frequente nos idosos.

Ela ocorre quando os ossos se tornam frágeis e suscetíveis a fraturas, mesmo com pequenos traumas ou sem motivo suficiente aparente.

Essa fragilidade está frequentemente associada a doenças, como osteoporose e osteopenia, que afetam a densidade e a qualidade dessas estruturas.

Os ossos mais comumente afetados pela fratura por fragilidade óssea incluem o ombro (região proximal no úmero), o punho (distal do rádio), das vértebras (torácicas/dorsais e lombares) e do quadril.

Se você quiser saber mais sobre a fratura no úmero proximal, temos um conteúdo no nosso site!

Assim, suspeitamos de fragilidade óssea em casos de fraturas nessas regiões, especialmente se não houver um trauma muito grande envolvido, como um acidente de carro ou motocicleta em alta velocidade.

Normalmente, quedas em casa de escadas ou grandes tombos caminhando pela rua são exemplos de situações que podem causar fraturas “normais”, mas quando são traumas de baixa energia envolvida como um pequeno escorregão, uma pequena queda em que se apoia a mão no solo e ocorre uma fratura, devemos suspeitar de fratura por fragilidade.

Infelizmente, quando o paciente chega a ter uma lesão, pode já estar com quadro avançado do problema - osteoporose.

O tratamento precoce da fragilidade óssea é essencial para prevenir complicações mais graves no futuro. Isso porque com o passar dos anos, existe uma tendência á piora do quadro se não tratado e se iniciado o tratamento ainda nas fases mais iniciais o resultado é superior mesmo com tratamentos menos complexos.

A detecção precoce desta condição e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir fraturas, reduzir o risco de complicações e melhorar a qualidade de vida do paciente!

Osteopenia e osteoporose: o que é e como diagnosticar

Osteopenia e osteoporose são condições em que os ossos do corpo todo perdem densidade e ficam mais frágeis, o que aumenta o risco de fraturas.

A osteopenia é uma perda óssea menos grave que a osteoporose, mas ainda assim pode levar a fraturas e já é um ponto de atenção.

A osteoporose é uma perda óssea mais avançada e é quando já consideramos uma doença propriamente.

Ou seja, o paciente com esta condição já tem uma desmineralização óssea significativa, o que leva a ossos porosos e frágeis.

As duas condições geralmente não apresentam sintomas , até que ocorra uma fratura.

Por isso, é importante realizar exames regulares de densidade óssea, especialmente para mulheres após a menopausa e homens e mulheres com fatores de risco, como por exemplo:

• Idade superior aos 60 anos;
• Fratura do punho, do ombro de vértebras ou do quadril sem trauma de alta energia associado;
• Uso crônico de corticoides;
• Baixa ingestão de cálcio;
• Baixa vitamina D crônica;
• Sedentarismo associado à sarcopenia (baixa massa muscular);
• Alterações hormonais (andropausa ou menopausa precoce principalmente).

Existem ainda outras condições menos comuns que causam fragilidade óssea sem osteoporose. Estas condições estão relacionadas ao membro em desuso.

Quando uma parte do corpo fica sem receber carga e fazer esforço, como por exemplo, numa deficiência física por sequela de uma lesão neurológica (AVC, lesão do plexo braquial, etc) ou uma sequela osteomuscular que leve um membro a não ser utilizado (sequela de fratura, rigidez articular, etc), isso pode causar uma desmineralização óssea apenas naquele membro em desuso e torna-lo muito mais suscetível a fraturas.

Como prevenir a fratura por fragilidade óssea?

A prevenção desse tipo de fratura é essencial para manter a saúde óssea e evitar complicações graves.

Então, existem diversas medidas preventivas que podem ser adotadas, confira abaixo algumas delas:

• Realizar treinamentos de fortalecimento muscular e equilíbrio: atividades físicas sob supervisão (como Pilates, Tai Chi, Dança e principalmente a musculação funcional) são capazes de reduzir consideravelmente a frequência e a gravidade das fraturas em decorrência de quedas;
• Investir no ganho e preservação da massa muscular: a perda de massa muscular (sarcopenia) é um dos principais fatores que contribuem para o risco de lesões decorrentes de quedas;
• Preservar e aumentar a densidade óssea: é fundamental manter uma boa ingestão de cálcio e vitamina D, além de praticar exercícios que estimulam a força, o que reduz o risco de desenvolver a osteoporose. O ideal é que a prevenção se inicie aos 30 anos. Vale lembrar que exercícios leves como caminhada, hidroginástica e natação leves não são eficientes para este propósito.
• Remover do ambiente, principalmente nos casos de pessoas idosas, qualquer item que possa causar quedas, como tapetes escorregadios, chinelos soltos, pisos molhados sem suporte para as mãos, entre outros;
• Garantir uma boa iluminação nos locais para evitar acidentes noturnos ou até mesmo nos locais mais escuros da casa;
• Conscientização: idosos, seus cuidadores e familiares precisam adotar medidas de prevenção de quedas, como as exemplificadas acima.

Além dessas medidas de prevenção, é essencial marcar consultas de rotina para avaliar e prevenir a ocorrência da osteoporose.

Somente o especialista será capaz de avaliar o quadro do paciente e indicar o melhor tratamento para o seu caso.

Na nossa clínica, realizamos todo o acompanhamento dos pacientes, seja para garantir a prevenção ou para fazer o diagnóstico e iniciar o tratamento, até a recuperação final!