Esse é um conceito equivocado relacionado à reabilitação e ao fortalecimento muscular, que afirma que se o exercício não causa dor, pode-se prosseguir, mas se houver dor, basta parar.

A verdade é que essa ideia está completamente errada e precisa ser reconsiderada.

Nesse sentido, é muito importante buscar sempre a orientação de um especialista que confirme que a atividade que está sendo realizada realmente é indicada para você.

Entenda melhor neste artigo!

Se o exercício não dói, posso fazer?

Vamos considerar o exemplo de uma pessoa propensa a desenvolver uma determinada lesão.

Se ela realizar um exercício de forma incorreta, pode acabar tendo problemas. 

Inicialmente, ela não sentiu dor alguma e por isso seguiu fazendo aquele treino de forma incorreta. Ao final, acabou desenvolvendo a lesão e, a partir desse ponto, sentirá dor sempre que realizar o mesmo exercício - mas agora já é tarde porque a lesão já se instalou.

Então, a ideia de que somente a dor é um sinal de alerta é equivocada pois muitas vezes ela só aparece depois do estrago já estar feito. 

O ideal é realizar os exercícios de forma correta (supervisionado por profissional, seja o educador físico ou o fisioterapeuta), com cargas e repetições coerentes, descanso adequado e acompanhamento do especialista.

Algumas pessoas possuem uma anatomia diferente das demais e, por isso, precisam ter restrições claras em suas atividades físicas.

Por outro lado, existem aquelas que sentirão dor tolerável em certos exercícios, mas precisam continuar realizando-os, pois esse é um sinal natural, possivelmente uma dor muscular.

Então, você não deve seguir esse conceito simplista de "pare se doer, continue se não doer".

Somente um especialista (ou uma equipe composta por educador físico, fisioterapeuta e médico ortopedista para alguns casos) poderá indicar se o exercício deve ou não ser feito, pois às vezes, o incômodo pode ser esperado e estar certo inclusive.

No entanto, a dor realmente tem limite! Dessa forma, realizar uma atividade sentindo dores constantes e que não aliviam com o descanso pode ser prejudicial e deve ser evitado, pois, em algum momento, o problema poderá surgir.

Como definir o melhor plano de treinamento?

O primeiro passo consiste em procurar a assistência de um ortopedista, a fim de obter um diagnóstico preciso acerca do seu estado clínico.



Esse profissional realizará uma avaliação minuciosa, a fim de compreender o estado das suas articulações.

Dessa maneira, serão obtidas informações detalhadas sobre suas condições analisando, por exemplo, a presença de qualquer disfunção, encurtamento, falta de estabilidade ou outras alterações relevantes.

Além disso, o médico pode solicitar exames complementares, como uma radiografia ou ressonância magnética, para auxiliar no diagnóstico.

Em seguida, com o diagnóstico fechado, o especialista irá recomendar um tipo específico de fortalecimento com os exercícios corretos para fortalecer os músculos ao redor das articulações, bem como melhorar a questão da estabilidade.

Já em casos de pacientes que possuem alguma condição a ser tratada, será importante também contar com o acompanhamento adequado de um fisioterapeuta, que complementará a avaliação e desenvolverá um programa de reabilitação específico para tratar essa condição.

Além disso, o profissional possivelmente indicará a realização de alongamentos específicos e estabelecerá um período adequado de repouso, pois essas práticas favorecem a recuperação das estruturas após a sobrecarga sofrida.

Se você quiser entender melhor sobre como diferenciar a dor de treino e a dor de lesão, acesse esse texto em nosso site!

Portanto, acima de tudo, é essencial evitar soluções genéricas, pois elas podem agravar seu quadro de saúde, mesmo que você ainda não possua um diagnóstico para determinadas condições.