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Como tratar a síndrome do impacto: saiba mais

9 de março de 2023
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Quer entender mais sobre como tratar a síndrome do impacto? Esta é uma condição que gera dor e pode causar lesões no manguito rotador do ombro devido a uma alteração nas estruturas da região e neste texto falaremos mais sobre o assunto.

A síndrome do impacto no ombro é resultado de um conflito mecânico que envolve as estruturas ósseas e ligamentares da região, além da bursa e dos tendões do manguito rotador.


As opções de tratamento vão desde abordagens mais conservadoras, como repouso e reeducação dos movimentos, até a indicação de cirurgia para corrigir as anormalidades.


O que é a síndrome do impacto?


A síndrome do impacto é uma condição que, normalmente, ocorre devido a uma alteração da estrutura anatômica na região do acrômio.


O acrômio é o último osso depois da clavícula e alguns pacientes possuem a parte que está debaixo dele mais pontuda ou mais lateralizada (acrômio ganchoso ou curvo).


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Assim, quando este indivíduo executa um movimento amplo, principalmente com os braços acima da cabeça, ocorre um impacto mecânico do tendão supraespinhal com o arco coracoacromial (osso + ligamentos), resultando em bursite subacromial. 


Inclusive, com o passar do tempo o paciente pode sofrer uma lesão com rompimento do tendão supraespinhal.


Além disso, esse tipo de impacto pode levar até mesmo à lesão de outras estruturas do manguito rotador, grupo muscular do qual o tendão supraespinhal faz parte.


Causas e sintomas


Geralmente, a síndrome do impacto atinge pessoas com idade entre 35 e 60 anos, mas pacientes mais jovens também podem ficar sujeitos a esse problema.


Ademais, é comum que esportistas profissionais ou amadores desenvolvam essa condição, desde que o tipo de atividade inclua a movimentação ampla dos braços de forma repetitiva.


Além da anormalidade na formação do acrômio, algumas outras circunstâncias também colaboram para esse tipo de problema, como:

 

  • Desgaste natural pelo envelhecimento;
  • Traumas na região;
  • Uso excessivo de movimentos dos braços acima da cabeça;
  • Degeneração da musculatura local.


Em relação aos sintomas, o paciente pode sentir uma dor persistente no local, sobretudo quando é preciso realizar movimentos amplos com os braços e elevá-los além da cabeça.


Assim, o grau de intensidade da dor varia de acordo com o nível de inflamação.


A pessoa também pode ficar limitada nos movimentos ou sentir uma fraqueza muscular ao tentar executar tarefas comuns.



Como fazemos o diagnóstico da síndrome do impacto?


No consultório, existem diversas manobras que podemos realizar para identificar a presença e também a intensidade da doença.

Após um exame físico minucioso, podemos verificar qual é o grau da patologia do paciente.


Além disso, exames de imagem, como radiografias, ultrassonografias e tomografias, irão auxiliar para que cheguemos a um diagnóstico exato.


Assim, será possível verificar quais são as dimensões das alterações e se existem outros problemas associados, como:


  • Lesões nos tendões;
  • Esporões ósseos;
  • Conflitos ligamentares (arco coracoacromial);
  • Bursite;
  • Tendinite;
  • Artrose acromioclavicular.


A partir de um diagnóstico correto, poderemos partir para a contenção do problema e minimização da dor. Além disso, iremos definir pelo uso de métodos conservadores de tratamento ou pela cirurgia.


Como tratar a síndrome do impacto?


O tratamento da síndrome do impacto dependerá do nível da lesão que o paciente apresenta. 


Inicialmente, costumamos recorrer a medidas conservadoras para tratar o problema. 


Então, indicamos ao paciente diminuir a execução de movimentos com os braços elevados.


Ou seja, tanto as tarefas do dia a dia, como os movimentos realizados durante a atividade física, precisam ser limitados à altura dos ombros para não gerar estresse na região.


Algumas opções de tratamento incluem:


  • Repouso;
  • Reeducação dos movimentos;
  • Compressas de gelo e o uso de anti-inflamatórios;
  • Tratamento com infiltração;
  • Fisioterapia;
  • Fortalecimento muscular da região.


No entanto, existem algumas condições que tornam a cirurgia necessária, por exemplo:


  • Lesão grave;
  • Alteração anatômica intensa;
  • Ruptura do tendão;
  • Sintomas que não melhorem com o tratamento conservador.


Nestes casos, a cirurgia por artroscopia é a melhor alternativa para lidar com o problema.


Artroscopia para síndrome do impacto


A artroscopia é um procedimento no qual utilizamos uma pequena câmera e algumas ferramentas para realizar os reparos necessários nas estruturas afetadas na região do ombro.


É uma cirurgia minimamente invasiva, que demanda a execução de pequenos furos na pele (aproximadamente 1 cm).


Então, nos casos da síndrome do impacto, fazemos a descompressão do ombro (retirar estruturas ósseas pontudas e em conflito com os tendões) e os reparos necessários nas estruturas danificadas (tendões, bursite, etc).


Em linhas gerais, buscamos arredondar a parte mais ganchosa do acrômio para que não ocorra mais o conflito com as outras estruturas. Assim, o paciente terá movimentos saudáveis, sem risco de lesão ou dor.


Inclusive, a recuperação após a artroscopia é muito mais rápida em comparação a cirurgia comum. 


Após o procedimento, indicamos atividades de fortalecimento muscular para completa reabilitação do paciente.


Optar pelo tratamento adequado da síndrome do impacto é fundamental para que o indivíduo recupere sua qualidade de vida. 


Por isso, caso você sinta dificuldade para movimentar o ombro ou dor no local, procure o ortopedista imediatamente para discutir a melhor forma de tratamento para o seu caso.


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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