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Dor crônica: por que piora com o tempo?

11 de janeiro de 2024
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A dor crônica é uma condição que impacta profundamente a vida de muitas pessoas, persistindo por meses e, em alguns casos, até anos.

O que torna essa dor particularmente desafiadora é o fato de que, com o passar do tempo, ela tende a se agravar, tornando o seu controle mais complexo.


Assim, compreender os motivos por trás desse agravamento da dor crônica é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento eficazes.


Além disso, é fundamental reconhecer a importância de intervenções precoces e abordagens abrangentes, como fisioterapia e terapias alternativas, no sentido de aprimorar a qualidade de vida daqueles que enfrentam a dor crônica.


Por que sentimos dor e quais são as principais causas dessa condição?


A dor é percebida pelo nosso cérebro por meio dos neurônios, células especializadas na transmissão de impulsos nervosos por todo o corpo.


Além de transmitir impulsos nervosos, esses neurônios possuem estruturas especializadas para detectar estímulos.


A dor aguda passa por quatro fases: 1 - transdução, onde os receptores percebem o estímulo nocivo (lesão ou dano tecidual), 2 - condução ou transmissão quando os neurônios que receberam o estímulo repassam a informação até a medula espinhal onde ocorre a 3 - modulação da dor (que pode ser potencializada ou diminuída) e depois até o cérebro onde ocorre a 4 - percepção da dor.


Assim, o estímulo doloroso agudo é inicialmente "detectado na periferia do corpo", viaja ao longo dos neurônios até a medula espinhal e, a partir daí, segue para o cérebro, quando finalmente ocorre a percepção do incômodo.


São diversas as origens da dor crônica, frequentemente originando-se de doenças degenerativas, lesões, ou condições que não foram devidamente tratadas. Além disto, a dor crônica tem um funcionamento diferente daquele das 4 fases descritas acima para  dor aguda.


Isto significa que pode acontecer de nem existir um estímulo nociceptivo (lesão ou dano tecidual) e a dor ser “percebida” no cérebro mesmo assim.


Alguns exemplos comuns de dor crônica incluem:


  • Artrose ou artrite;
  • Lesões em tendões e tendinites;
  • Bursite;
  • Hérnia de disco;
  • Lesões causadas por estresse repetitivo;
  • Lesões decorrentes de acidentes;
  • Fibromialgia;
  • Danos neurais;
  • Câncer;
  • Dor prolongada após procedimentos cirúrgicos.


Dor crônica: por que piora com o tempo?


A dor crônica, que persiste por meses, tende a provocar uma intensificação em todo sistema da dor.


A própria via que conduz a sensação dolorosa fica “treinada” para transmitir muito mais impulso de dor, desde o nervo que transporta a informação da articulação até o cérebro, a coluna trabalha na modulação da dor potencializando o estímulo e o próprio cérebro passa por alterações com aumento da área responsável pela percepção daquele estímulo (potencialização geográfica) - isso mesmo - o cérebro de quem tem dor crônica é diferente de um cérebro de uma pessoa saudável.


É como se o corpo, ao longo do tempo, se adaptasse e se tornasse mais eficiente ter a dor.


Portanto, para aqueles que sofrem com dor crônica, é provável que ocorra um reforço na sensação de dor com o passar do tempo.


É por isso que, quanto mais persistente for a dor (tempo do início, frequência com que ocorre e intensidade), mais desafiador se torna o tratamento, pois a dor parece criar uma espécie de "memória" em nosso sistema.


Isto resulta em uma maior sensibilidade à dor, tornando-a mais difícil de ser gerenciada.


Portanto, é fundamental abordar e tratar a dor crônica o mais cedo possível com abordagens eficazes e “atacando por diversas frentes” (tratamento multimodal e multiprofissional), a fim de obter resultados mais satisfatórios.



Como diagnosticar e tratar a dor crônica?


Para realizar um diagnóstico preciso da dor crônica, precisamos realizar uma análise clínica detalhada, um exame físico completo e solicitar exames para confirmar a suspeita diagnóstica.


É de grande importância compreender se o paciente sofreu alguma lesão ou doença que tenha desencadeado a dor, bem como as características da dor, sua duração e a presença de sintomas associados.


Para um questionário breve, vale lembrar que são características importantes em dores crônicas a dor em queimação/choque/frio;


formigamento/agulhada/adormecimento/diminuição da sensibilidade; dor aos estímulos leves e superficiais como uma escova de dentes ou um lençol que encosta na parte dolorida já piorando o sintoma. 


Quanto ao tratamento da dor crônica, diversas estratégias podem ser adotadas, incluindo:


  • Uso de medicamentos;
  • Fisioterapia;
  • Terapia ocupacional;
  • Acupuntura;
  • Uso de órteses;
  • Infiltração;
  • Bloqueio neural e agulhamento seco;
  • Modulação neural de hérnia de disco ou dor articular;
  • Técnicas de relaxamento, como massagem e meditação.


Um aspecto crucial a ser considerado é a qualidade do sono do paciente, já que o descanso é essencial na recuperação do corpo e na síntese de hormônios e neurotransmissores que auxiliam na modulação da dor.


Se você quiser saber um pouco mais sobre a importância do sono para a saúde e tratamento da dor, acesse esse artigo em nosso site.


Além disso, é importante avaliar a prática de atividade física do paciente, uma vez que erros nesse aspecto podem desencadear ou agravar a dor.


A prática adequada de atividade física é também um tratamento eficaz para a dor crônica, desde que seja indicada e realizada com critério.


Em alguns casos, pode ser necessário encaminhar o paciente para tratamento com psicólogos especialistas em dor, dependendo das complexidades envolvidas.


Assim, apesar dos desafios relacionados ao tratamento da dor crônica, acreditamos firmemente que é possível reduzi-la.


No entanto, fica o alerta que, quanto antes ela for tratada, maiores as chances de sucesso!


Na nossa clínica, contamos com uma equipe altamente especializada em gerenciamento da dor, que estará ao seu lado desde o diagnóstico até o acompanhamento durante o tratamento.



Agende uma consulta o quanto antes e recupere o seu bem-estar!


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Conheça o Dr. Guilherme Noffs

Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.


Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.

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