Lesões do manguito rotador: qual a diferença entre tendinopatia e rotura?
As lesões do manguito rotador representam uma das causas mais comuns de dor e disfunção no ombro, afetando diferentes tipos de pacientes, desde atletas, jovens, indivíduos de meia idade e idosos.
A complexidade das lesões nesta região pode variar consideravelmente, abrangendo desde condições menos graves, como a tendinopatia simples, até problemas mais sérios e debilitantes, como as roturas.
Compreender as diferenças entre esses tipos de lesões é essencial para o diagnóstico correto e a escolha do tratamento mais eficaz.
Este entendimento facilita a abordagem clínica e orienta os pacientes quanto às expectativas de recuperação e as opções de manejo.
Quais são as principais causas de lesões do manguito rotador?
Em linhas gerais, as lesões do manguito rotador resultam de quatro fatores:
Desgaste relacionado à idade
Com o avançar da idade, as estruturas do ombro sofrem um desgaste natural.
Isso se deve à redução na qualidade e quantidade de colágeno, atrofia muscular e diminuição da circulação sanguínea nos tecidos.
Essas mudanças tornam os tendões menos flexíveis, frágeis e menos capazes de suportar esforços.
Portanto, essa degradação é a causa mais comum de lesões no manguito rotador em idosos.
Características genéticas ou anatômicas
Em pessoas mais jovens, variações genéticas ou anatômicas podem predispor a lesões no manguito rotador.
Por exemplo, alterações na síntese de colágeno ou peculiaridades biomecânicas podem aumentar a susceptibilidade dos tendões a danos, mesmo sob condições normais de uso.
Sobrecarga ou movimentos repetitivos
A sobrecarga no ombro e os movimentos repetitivos podem levar a lesões no manguito rotador.
Essas atividades excessivas e repetitivas podem causar microtraumas nos tendões, resultando em inflamação ou até mesmo roturas.
Incidentes traumáticos
Finalmente, lesões no manguito rotador também podem ser provocadas por traumas diretos, como quedas, golpes ou esforços excessivos.
Esses incidentes podem causar roturas nos tendões, especialmente se já existir uma pré-condição de enfraquecimento ou degeneração.
Em situações de impacto ou sobrecarga, os músculos tentam proteger a região, mas os tendões podem acabar lesionados.
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Estes fatores ilustram como uma variedade de condições e eventos podem levar a problemas no manguito rotador.
Lesões do manguito rotador: qual a diferença entre tendinopatia e roturas?
Quando abordamos lesões do manguito rotador, é essencial diferenciar entre tendinopatia simples e roturas intrínsecas ou intra substanciais.
A tendinopatia simples se caracteriza por um problema inflamatório do tendão sem alteração estrutural significativa, ou seja, o tendão não apresenta roturas.
Nesse caso, o tratamento será focado na redução da inflamação, correção biomecânica e de outros fatores que possam estar causando estresse mecânico à estrutura em questão.
Vale ressaltar, no entanto, que isto pode ser apenas um “achado de exame” sem significado clínico. Boa parte dos ombros normais e sem doenças apresentam-se nas ressonâncias com tendinopatia aparente, porém sem relação com qualquer significado clínico.
Por outro lado, as roturas intrínsecas, intra substanciais ou parciais indicam danos mais sérios (alteração estrutural/anatômica).
Nesses casos, as fibras do tendão começam a se romper dentro de sua substância ou começam a se desinserir do osso.
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Essa condição exige um tratamento mais complexo e prolongado, focado não apenas em aliviar sintomas, mas também em reparar e regenerar o tecido tendíneo.
A cicatrização de tendões é um processo que, geralmente, leva cerca de 6 a 8 semanas (no mínimo), dependendo da extensão do dano e da resposta individual ao tratamento.
Esse período inclui terapias que podem variar desde fisioterapia até intervenções mais invasivas, dependendo da gravidade da lesão.
Assim, enquanto a tendinopatia pode ser rapidamente tratada com anti-inflamatórios e repouso, as roturas tendíneas requerem uma abordagem mais robusta e tempo para uma recuperação completa.
A escolha do tratamento depende de uma avaliação cuidadosa da lesão e do estado clínico do paciente.
Como realizamos o tratamento da rotura do manguito rotador?
Inicialmente, é fundamental entender que negligenciar uma lesão no manguito rotador pode levar a danos duradouros e definitivos, principalmente a médio e longo prazo.
Nesse sentido, a ausência de tratamento adequado pode intensificar a lesão, promovendo a degeneração dos músculos e tendões e reduzindo a elasticidade ao longo do tempo.
Portanto, para reabilitar pacientes com lesões parciais do tendão, é essencial desenvolver um programa focado, que engloba o alongamento e fortalecimento do ombro.
Ademais, é possível recorrer a certos medicamentos para mitigar a dor, relaxar os músculos, reduzir a inflamação e facilitar a regeneração tecidual.
Métodos de bioestimulação, como o uso de ácido hialurônico no ombro ou a medicina regenerativa como plasma rico em plaquetas (PRP) e células-tronco derivadas de aspirado de medula óssea, podem ser empregados para diminuir ajudar o corpo a corrigir problemas estruturais e cicatrizar lesões.
Portanto, injetamos essas substâncias diretamente na área afetada para promover a cura e recuperação do tecido danificado.
Esses procedimentos são realizados ambulatorialmente (em consultório) e podem oferecer excelentes resultados, quando bem indicados e aplicados corretamente.
Por fim, quando a cirurgia se faz necessária, para lesões parciais ou completas, a artroscopia é frequentemente a técnica escolhida.
Este é um procedimento minimamente invasivo, feito através de incisões pequenas de cerca de 1 cm, e muitas vezes o paciente pode ir para casa no mesmo dia.
Se você quer saber como funciona a cirurgia do manguito rotador por artroscopia, consulte esse artigo disponível em nosso site!
Reforçamos que apenas um ortopedista experiente pode fornecer um diagnóstico preciso e formular um plano eficaz para a recuperação do manguito rotador.
Em nossa clínica, dispomos de uma equipe altamente qualificada de especialistas prontos para oferecer o tratamento mais adequado para cada caso.
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Conheça o Dr. Guilherme Noffs
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Avaliações dos Pacientes
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
Valdeiza Soares, via Google
Médico muito educado e atencioso. Realizou o procedimento com competência, sanou todas as dúvidas. Só tenho a agradecer ao Dr. Guilherme pelo carinho com que ele trata os seus pacientes.
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