Essa condição, também conhecida como tendinopatia calcária, pode resultar em dor intensa, limitação de movimento e impacto significativo na qualidade de vida.
Assim, identificar e tratar precocemente a tendinite calcária do ombro é essencial para aliviar os sintomas e prevenir complicações a longo prazo.
Neste sentido, precisamos compreender os sinais característicos, bem como as opções terapêuticas disponíveis.
Acompanhe neste artigo!
A tendinite calcária ocorre nos tendões do manguito rotador, sendo mais comum no tendão supraespinhal.
As causas que desencadeiam o acúmulo de cálcio no interior do tendão ainda não foram plenamente compreendidas.
Mas algumas pessoas têm o metabolismo do cálcio alterado e tendem a fazer pedras nos rins, por exemplo, também tem tendência maior a ter a tendinite calcária.
Porém, na maioria dos casos, não se observam alterações metabólicas (como pedras nos rins) ou locais que justifiquem seu surgimento.
No entanto, existem evidências que confirmam a associação entre essa condição e atividades físicas específicas, traumas, acidentes ou doenças sistêmicas.
Nesta condição, forma-se uma pequena pedra de calcário na região do ombro, próximo ao tendão, que pode gerar uma sensação semelhante à de ter uma pedra no sapato.
Quando a pessoa realiza movimentos com o braço, pode sentir dor, fisgadas ou pontadas.
Em alguns casos, a tendinite calcária pode ser assintomática, especialmente se estiver localizada em uma região sem conflito mecânico, permanecendo "adormecida".
É preciso compreender que a doença apresenta três fases distintas:
Fase 1: O depósito inicial de cálcio no interior do tendão marca o início do processo. Nessa fase, os pacientes podem experimentar pouca ou nenhuma dor.
Fase 2: Inicia-se a reabsorção do depósito de cálcio, desencadeando reações inflamatórias que mimetizam uma lesão no tendão.
Durante esse período, a dor pode se tornar intensa, especialmente à noite, e pode haver uma sensação de falta de força.
Fase 3: Essa etapa envolve a regeneração do tendão, agora livre do depósito de cálcio que foi absorvido ao longo do processo.
A intensidade dos sintomas pode depender da região específica em que a tendinite calcária está localizada e da fase em que se encontra.
Uma outra possibilidade muito importante para o aparecimento de sintomas está relacionada ao efeito mecânico da pedra.
Dependendo do tamanho e da localização, mesmo fora da fase de absorção ela pode causar sintomas bastante significativos.
Para realizar um diagnóstico preciso da calcificação do ombro, contar com o auxílio de exames de imagem é essencial.
Nesse contexto, radiografias podem ser úteis para identificar lesões mais substanciais nos tendões, enquanto tomografia, ressonância magnética ou ultrassonografia podem revelar lesões mesmo de menor porte.
Após a identificação da patologia, iniciaremos um tratamento, sendo que, na maioria dos casos, a abordagem não será cirúrgica.
Nosso objetivo principal será preservar a amplitude de movimento e a força do ombro, além de controlar a dor.
Em muitas situações, também é possível acelerar a reabsorção da calcificação.
O tratamento da tendinite calcária pode envolver diversas ações conjuntas, como o uso de analgésicos e anti-inflamatórios para controle da dor e fisioterapia para manutenção do movimento, alongamento dos tendões e controle da dor.
Também podemos empregar a terapia com ondas de choque sonoro para acelerar a reabsorção do depósito de cálcio e aliviar os sintomas. No entanto, esta terapia costuma causar uma certa piora dos sintomas inicialmente.
A barbotagem realizada com agulha guiada por ultrassonografia ou radiografia, pode ser aplicada para desfazer a calcificação e promover a reabsorção, sendo eficaz na resolução do problema.
Este procedimento nada mais é que o agulhamento da calcificação, promovendo sua quebra e reabsorção.
Certamente o melhor jeito de faze-lo é guiado por ultrassonografia ou mesmo por radioscopia (um tipo de radiografia para acompanhamento de procedimentos médicos).
Inclusive, podemos realizá-la no centro cirúrgico sob sedação ou anestesia em casos mais dolorosos.
Neste ponto, precisamos de atenção, pois certos tipos de infiltrações (corticóides realizados na fase absortiva da doença) podem reduzir a reabsorção da calcificação e desacelerar a resolução do problema.
Ou seja, procurar um profissional especialista é fundamental para o sucesso do tratamento.
Entretanto, caso a abordagem conservadora não produza os resultados esperados ou em situações de dor incapacitante, consideraremos a possibilidade de realizar uma artroscopia para remover o depósito de cálcio e reparar o tendão afetado.
A intervenção cirúrgica para a tendinite calcária pode ser recomendada em casos crônicos nos quais não ocorreu reabsorção e os sintomas persistem apesar dos esforços de reabilitação.
Outra situação em que precisamos pensar em cirurgia, é quando ocorre a reabsorção do depósito de cálcio, mas o tendão fica com uma falha (buraco) sem cicatrizar a região onde havia a calcificação.
Essa abordagem visa a remoção da calcificação e é frequentemente conduzida por meio de artroscopia.
A abordagem artroscópica oferece benefícios por ser menos invasiva, mas a natureza delicada da retirada da calcificação requer uma atenção especial ao processo de cicatrização e fortalecimento do tendão afetado.
Para realizar a intervenção, é necessário efetuar uma incisão no tendão e proceder à aspiração e drenagem da calcificação.
Após a cirurgia, é fundamental seguir um processo de reabilitação cuidadoso, que pode se estender por alguns meses. Essa fase pós-operatória é fundamental para garantir a recuperação adequada e minimizar complicações.
Se você quer saber sobre a necessidade de internação e como funciona a recuperação desse procedimento, acesse esse artigo em nosso site!
A decisão de optar pela cirurgia deve ser cuidadosamente avaliada em conjunto com o ortopedista, considerando a gravidade dos sintomas e a resposta a outras modalidades de tratamento.
Assim sendo, caso você experimente dores persistentes no ombro, procure o especialista para uma avaliação mais detalhada.
No caso de tendinite calcária, a ausência de tratamento adequado pode resultar em um quadro crônico, exigindo maior atenção.
Na nossa clínica, dispomos de uma equipe altamente especializada dedicada a realizar diagnósticos precisos para definir a melhor abordagem de tratamento!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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