Quem nunca postergou a ida ao médico, mesmo ao sentir algumas dores e incômodos?
Apesar desta prática ser muito comum, ela pode trazer um agravamento do quadro do paciente, causando sintomas mais intensos e maior complexidade no tratamento.
Na epicondilite lateral, além do processo inflamatório da tendinite, a evolução do quadro faz com que o tendão sofra uma resposta fibroblástica e vascular, conhecida como degeneração angiofibroblástica.
Ou seja, além da inflamação do tendão, ele também sofre uma falha da cicatrização, que leva à formação de um tecido defeituoso que atrapalha a regeneração das estruturas doentes. Forma-se uma fibrose disfuncional ao invés de um tendão saudável junto ao epicôndilo lateral na inserção dos tendões extensores do punho e dos dedos.
Esta lesão costuma ocorrer devido à sobrecarga ou esforço repetitivo, seja no esporte ou em atividades laborais e é a principal causa de dor no cotovelo. Muitas vezes, a principal causa acaba sendo a falta de descanso adequado entre atividades que exigem certo esforço deste grupo de tendões responsáveis pelo agarre (segurar algo com a mão, principalmente com a palma da mão para baixo).
O paciente com epicondilite lateral sentirá dor próximo à região do epicôndilo lateral (osso na lateral do cotovelo) que costuma piorar com movimentos de extensão do punho e dos dedos e ao agarrar objetos.
Além disso, ele poderá ter perda de força, rigidez e dificuldade para esticar o cotovelo completamente.
Os sintomas costumam ser mais intensos conforme o quadro de epicondilite se agrava.
Por isso, o ideal é procurar um médico especialista logo nos sintomas iniciais da doença.
Como vimos, a epicondilite lateral é uma lesão que passa por dois principais processos: a inflamação do tendão seguida pela degeneração angiofibroblástica, ou seja, a falha na cicatrização.
Estas alterações não ocorrem ao mesmo tempo e sim com o desenvolver da lesão. Isso quer dizer que, inicialmente, temos um quadro mais simples de epicondilite lateral que, caso não receba o devido tratamento, poderá evoluir para degeneração e formação de fibrose na região que deveria ter tendão.
Dessa forma, o tratamento da epicondilite lateral será diferente conforme seu grau de evolução.
Nesta fase inicial da epicondilite lateral o foco do tratamento é combater a inflamação e o fator desencadeante do problema para, assim, solucionar a lesão.
Por exemplo, se o paciente teve uma sobrecarga muito grande devido a alguma atividade, como uma mudança em casa ou um campeonato de tênis, e a dor surgiu, este é o momento inflamatório em que podemos não ter ainda nenhuma alteração estrutural do tendão.
Nesta etapa, normalmente, o descanso adequado da região associado a execução de compressas geladas e uso de medicamentos antinflamatórios costuma sanar o problema.
Ressaltamos que o fortalecimento e alongamento dos músculos da região pode ser importante para proteger os tendões e evitar que epicondilite torne a ocorrer.
Caso o paciente não trate o tendão assim que a inflamação ocorra, ela poderá desencadear o processo de substituição fibrosa dando origem a uma fibrose que não permite que o nosso corpo cicatrize o tendão da maneira adequada.
Então, estaremos diante de um caso crônico no qual será preciso atuar alterando o metabolismo local para permitir a cura da lesão.
Assim, poderemos adotar uma série de medidas, por exemplo:
Corrigir o que está causando a sobrecarga local é essencial para cessar os danos ao tendão, permitindo a regeneração local.
Após solucionar a epicondilite, devemos avaliar o retorno do paciente para a atividade, tomando as devidas precauções.
A aplicação de
ácido hialurônico no local estimula a produção de colágeno que forma os tendões, melhora a lubrificação da bainha do tendão (de onde vem a nutrição vascular dele), diminui inflamação e auxilia a regeneração de tecidos.
A medicação é injetada na região da lesão e pode causar dor nos primeiros dias, mas costuma ter excelentes resultados após poucas semanas.
Então, após realizar o procedimento, devemos associar uma reabilitação bem estruturada para solucionarmos em definitivo a lesão do paciente.
Neste ponto, é válido lembrar que a infiltração do cotovelo com medicação anti-inflamatória (corticóides) pode auxiliar a diminuir a dor, mas não promove a regeneração nos tendões. Pelo contrário, pode prejudicar o metabolismo da formação do colágeno tão importante na estrutura do tendão.
Além disso, ela tem efeito limitado a algumas semanas e pode resultar em piora a médio prazo para pessoas de alta demanda, principalmente.
Em qualquer que seja o grau de evolução da epicondilite lateral, o tempo de recuperação da epicondilite vai variar conforme o grau de evolução da lesão e poderá durar de algumas semanas até vários meses.
Quando estamos diante de uma lesão na fase inflamatória, conseguiremos uma recuperação mais rápida, possivelmente em algumas semanas.
Todavia, quando o paciente já apresenta a formação de uma fibrose entre o tendão e o osso, dizemos que a epicondilite virou crônica e o tratamento será mais longo, possivelmente chegando a alguns meses.
Assim, principalmente após realizar procedimentos, como as ondas de choque ou a viscossuplementação, o paciente deverá poupar a área tratada para ter uma cicatrização adequada.
Além disso, caso o tratamento não cirúrgico não traga melhora satisfatória dos sintomas ou se a lesão do tendão tiver características pouco favoráveis à cicatrização, poderemos indicar a cirurgia.
Leia mais sobre o
tempo de recuperação da epicondilite lateral e esclareça suas dúvidas a este respeito.
Como vimos, o tratamento da epicondilite lateral será individualizado e dependerá de diversos fatores, dentre eles o grau de evolução da doença.
Então, quanto antes você buscar um tratamento especializado e atualizado maiores serão as chances de ter uma recuperação mais simples e rápida.
Por isso, não negligencie sua saúde. Cuidando-se, você só tem a ganhar!
Dr. Guilherme atende em consultório particular como ortopedista de Ombro e Cotovelo e Especialista em Terapias da Dor no Hospital Albert Einstein Perdizes e na Clínica SEBE, Vila Mariana.
Além disso, atua no atendimento de urgências no Hospital Albert Einstein e realiza cirurgias nos Hospitais Sírio-Libanês, São Luiz - Rede D'Or e São Camilo.
Luis Fernando, via Google
Eu agradeço a Deus por ter feito a cirurgia com o Dr Guilherme, eu passei com 3 médicos e nenhum outro me passou a confiança e qual era realmente o problema que tinha no meu ombro direito.
R. Mendonça, via Google
Sou esportista e há 8 meses estou com uma lesão no ombro e cotovelo esquerdo em decorrência do trabalho, busquei cuidados com outro profissional, mas não houve êxito no tratamento.
Célio Pires, via Google
O doutor Guilherme é muito atencioso e tirou todas as minhas dúvidas em relação ao diagnóstico e o tratamento da minha lesão. Revisou o meu treino da academia e ajudou a adaptar os movimentos. Sem apressar a consulta.
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